DERROTAR A AGRESSÃO GENOCIDA DE ISRAEL EM GAZA!
TODO APOIO À RESISTÊNCIA PALESTINA!

Os sucessivos bombardeios de Israel na Faixa de Gaza, somados a invasão por terra iniciada no último dia 3 de janeiro, já levaram a morte cerca de 600 palestinos e deixaram mais de 2.900 feridos, em grande parte civis, inclusive crianças.

A nova ofensiva de Israel deixa praticamente destruída a infra-estrutura deste território palestino, deixando a população sem água, energia, inviabilizando inclusive o atendimento médico básico aos milhares de feridos. Somados aos horrores deste massacre, o governo de Israel impede a entrada de alimentos, água e remédios, revelando a face mais cruel do verdadeiro genocídio praticado contra o heróico povo palestino.

Depois das eleições de 2006, a reação das massas palestinas levou o Hamas a expulsar do seu território os agentes diretos de Israel, tornando parte de sua terra independente. O Hamas, depois de tentar conciliar com Abbas e o Fatah, também desmontou o aparato repressivo da antiga direção palestina que durante anos vem capitulando a Israel e aos EUA, via os chamados “acordos de paz” que só levaram a um maior controle da Palestina pelo Estado de Israel.

Agora Israel, com o apoio direto dos EUA e com o silêncio conivente dos governos imperialistas, tenta destruir a todo custo qualquer possibilidade de se começar a construir uma Palestina livre. Somente a resistência direta do povo palestino, somada a solidariedade internacional com manifestações cada vez mais representativas em todo mundo podem derrotar este verdadeiro genocídio.

ESTADO DE ISRAEL MOSTRA SUA VERDEIRA FACE: RACISTA E FASCISTA
Os povo judeu é o povo que mais sofreu com os horrores da Segunda Guerra Mundial, com a política de limpeza étnica e de assassinatos em massa desferida pelo Estado nazista alemão. Milhões de judeus morreram nos campos de concentração, vítimas dos horrores desta guerra.

Ao mesmo tempo em que é necessário reafirmar o repúdio aos crimes de guerra praticados pelo nazismo, é preciso também reconhecer que atualmente o que está sendo praticado pelo Estado de Israel contra o povo palestino se assemelha em muito ao método de eliminação física e limpeza étnica utilizado pelos nazistas na segunda guerra.

Os sucessivos massacres desferidos por Israel condenam o povo palestino à morte, ao desespero e a miséria absoluta. A ocupação militar do território palestino e a retirada de milhares de famílias, que tiveram suas casas ocupadas por colonos judeus trazidos de várias partes do mundo, demonstram que a política de Israel é a expulsão ou mesmo a eliminação física do povo palestino, que só fez resistir a esta ocupação criminosa nos últimos anos.

Não haverá paz na Palestina enquanto subsista um Estado que se apóia no racismo e na limpeza étnica do povo que habitava essa mesma terra até a colonização sionista. A única saída para este conflito é o fim do Estado de Israel, e a construção de uma Palestina livre, laica e não racista, que garanta o direito à autodeterminação e a liberdade religiosa a todos os povos da região.

A política de dois Estados ou a de um Estado binacional não terão nenhum resultado prático para a luta por auto-determinação do povo palestino, pois na essência elas manterão o controle de Israel – direta ou indiretamente – sobre toda a região, como já se demonstrou em todos esses anos de falidos “planos de paz”, desde os chamados Acordos de Oslo e que só serviram para as contínuas anexações de territórios palestinos entregues a colonos judeus armados até os dentes por Israel.

EUA SÃO PARCEIROS DIRETOS DE ISRAEL NO MASSACRE AO POVO PALESTINO
O governo dos EUA vem dando apoio direto e incondicional à nova ofensiva do Estado de Israel contra a Faixa de Gaza e o povo palestino. O argumento mentiroso que é usado pelos imperialistas é que Israel somente está se defendendo do ‘terrorismo’ do Hamas. É a mesma desculpa que utilizam para ocupar o Iraque e o Afeganistão. Quando ocupam a terra de um povo à força e estes povos se rebelam, os chamam de terroristas, como os nazistas fizeram com os judeus do Gueto de Varsóvia quando se levantaram contra o cerco genocida.

Israel submeteu Gaza a um cerco desde a vitória de Hamas nas eleições. E querem que os palestinos de Gaza não lutem contra o agressor e aceitem calados a morte por asfixia. O verdadeiro terrorista é o Estado sionista, que bombardeia a população civil, invade e destrói casas, hospitais e escolas.

Os números do próprio conflito, onde até o momento morreram mais de 600 palestinos entre eles uma grande parte de civis, demonstram que na verdade tudo não passa de uma grande falácia. O Estado de Israel aproveita o apoio dos EUA e a conivência da ONU e da maioria dos governos de países europeus e da União Européia para avançar em sua política de extermínio do povo palestino, buscando impedir qualquer possibilidade de construção de uma Palestina livre do controle israelense.

O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, que chegou a gerar expectativas positivas no mundo árabe sobre a possibilidade de uma mudança na política norte-americana em relação à questão palestina, tem evitado se pronunciar com a desculpa que o presidente ainda é George W. Bush. Procura assim ocultar sua posição, de respaldo total à política sionista, declarada em uma viagem a Israel durante a campanha eleitoral. Enquanto isso, as massas do mundo inteiro se mobilizam nas ruas contra a agressão à Gaza e vão na contramão de seus governos. Isso demonstra mais uma vez que só a resistência palestina e árabe e a mobilização dos povos do mundo inteiro contra o imperialismo podem impor uma derrota a Israel.

EXIGIMOS DE LULA QUE O GOVERNO BRASILEIRO ROMPA RELAÇÕES COM ISRAEL
As autoridades brasileiras, inclusive o próprio presidente Lula, vêm dando declarações contrárias à nova ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. Porém, a situação do povo palestino é muito grave e não bastam somente palavras de solidariedade.
É necessário que o governo brasileiro rompa as relações comerciais e diplomáticas de nosso país com o Estado de Israel, para demonstrar de fato uma solidariedade ativa com o povo palestino. Exigimos também a revisão imediata da inclusão de Israel no Mercosul.

Saudamos as manifestações que já foram realizadas em várias partes do país em solidariedade ao povo palestino, mas os movimentos sociais brasileiros precisam cobrar do governo Lula a ruptura imediata de relações com Israel, pois somente com uma forte pressão internacional poderemos ajudar na prática a heróica resistência do povo palestino.

  • FIM DO GENOCÍDIO NA FAIXA DE GAZA!
  • ABAIXO O ESTADO FACISTA E RACISTA DE ISRAEL!
  • VIVA A RESISTÊNCIA DO POVO PALESTINO!
  • EXIGIMOS DO GOVERNO BRASILEIRO A RUPTURA IMEDIATA DAS RELAÇÕES COMERCIAIS E DIPLOMÁTICAS COM O ESTADO DE ISRAEL!

    São Paulo, 7 de janeiro de 2009

    Direção Nacional do PSTU
    www.pstu.org.br