Na noite de 25 de janeiro, a violência urbana, um dos temas mais freqüentes no rap e no movimento Hip-Hop, vitimou um seus mais legítimos representantes, o músico Sabotage. Nascido, e ainda residindo, na favela do Canão, na Zona Sul de São Paulo, com o nome de Mauro Mateus, Sabotage foi executado perto de sua casa, com quatro tiros, quando se preparava para viajar para o Fórum Social Mundial.
Como muita gente da periferia de São Paulo, Sabotage teve passagens pela Febem, envolveu-se com o tráfico, mas encontrou no rap um caminho para uma vida diferente e lançou seu primeiro CD, Rap é Compromisso. Recentemente, o músico também se envolveu na produção de dois filmes brasileiros, O Invasor, de Beto Brant (onde ele representou a si próprio) e Carandiru, de Hector Babenco.
O PSTU e o Opinião Socialista prestam aqui sua homenagem não só a um músico promissor que teve sua carreira interrompida de forma tão brusca, mas também a esta “voz da periferia“ que certamente continuará ecoando através dos milhões de jovens que buscam romper o círculo de miséria e violência que contamina nossas cidades.
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