Apesar da manobra do governo e da traição de parte das direções da FASUBRA e da CONDSEF, a greve segue no IBGE, INCRA, INSS, Judiciário federal, Advocacia Geral da União e nos Auditores Fiscais. Docentes das universidades federais prometem greve para os próximos dias

Os acordos firmados até agora apresentam índices rebaixados e condicionados à avaliação de desempenho. Para convencer os trabalhadores em aceitar a proposta do governo, cinicamente, os setores majoritários da Fasubra e Condsef usaram o argumento de que os valores seriam concedidos como antecipação do plano de carreira. Como a mentira tem perna curta, na sexta-feira, o Secretário do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, disse em entrevista à imprensa que “o governo nem cogita essa possibilidade”. Assim, mais uma vez, essas direções atuaram como agentes do governo para frear a luta e derrotar a greve nestes setores.

Mas, apesar de o governo ter conseguido fragmentar a greve, para ter êxito, precisou abrir concessões. Mesmo que sejam migalhas, essas concessões não estavam nos seus planos. Em virtude da crise econômica, uma greve forte e coesa no funcionalismo federal seria combustível no incêndio vivido pelo governo, com mais desgaste e descrédito frente à população.

Por isso, defendemos a unidade dos setores do funcionalismo que continuam na greve, destacando a necessidade de ações conjuntas para alcançar a vitória das reivindicações e dobrar o governo.

Plenária do funcionalismo

A plenária dos servidores federais, realizada no último fim de semana, apesar das ausências da Fasubra e da Condsef (enviaram apenas cinco delegados), reuniu 143 representantes.

A tônica foi a crítica ao projeto pró-imperialista de Lula, que ataca os direitos dos servidores e mantém os acordos com FMI. As direções governistas foram bombardeadas pelos oradores, que defenderam o papel da CNESF como fórum aglutinador da resistência aos projetos do governo e chamaram a solidariedade aos setores do funcionalismo que ainda seguem em greve.

RESOLUÇÕES DA PLENÁRIA


  • Realização de um Seminário Nacional, em Brasília, para discutir o fortalecimento da CNESF, no dia 6 de junho.

  • Nota pública denunciando o caráter fictício da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) e a farsa das negociações, uma vez que o governo dividiu o movimento chamando as entidades para acordos em separado. O documento reafirma as reivindicações do conjunto do funcionalismo.

    Neste sentido, solidariza-se com as categorias que permanecem na greve e aponta a necessidade de apoio para que essas mobilizações sejam vitoriosas.


Post author Paulo Barela, da direção da ASSIBGE-SN
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