A direção do Partido Social dos Trabalhadores Unificados (PSTU) denunciou ontem que o candidato a deputado estadual pela legenda, Eudes Lopes, estaria sofrendo perseguição política por parte do governador Amazonino Mendes (PFL), através da Secretaria Estadal de Educação (Seduc), em que deu o parecer do processo cancelando o pagamento do professor caso este não voltasse imediatamente para a sala de aula.
Após orientação verbal da Assessoria Jurídica do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o candidato voltou para a sala de aula, contudo, no dia seguinte, a diretora do Colégio Estadual Leonor Santiago Mourão não permitiu sua entrada, pois tinha recebido orientação superior para somente admitir seu retorno mediante a renuncia à sua candidatura nas eleição de 2002, informou a direção do PSTU.
De acordo com a lei 009504 de 30 de setembro de 1997 – Lei Complementar de número 64/90, em que rege a desincompatibilização do trabalho, os candidatos têm o dever de pedir afastamento e concorrer ao pleito eleitoral, no entanto, denuncia o partido, “o mesmo Estado que fez a lei para a desincompatibilização não a cumpre, o que é um tanto contraditório, pois o Estado obriga o candidato a se desincompatibilizar com o direito de continuar percebendo seus vencimentos”.
O PSTU observa ser um partido pequeno que denuncia a submissão do Governo perante os banqueiros, empresários e Fundo Monetário Internacional (FMI) e repudia a atitude do Governo do Estado,que tolhe a liberdade.
Por meio do telefone celular, a reportagem de A CRÍTICA tentou falar com o secretário de Educação do Estado, Vicente Nogueira, mas não consegui localizá-lo até o fechamento desta edição.
Publicado em A Crítica (AM), em 17/09/02