Negociação durou 13 horas. Assembléia, hoje, às 14h, discute proposta da empresaO Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região (SP) realiza nesta quinta-feira, dia 19, às 14h, assembléia com os trabalhadores da General Motors, para discutir a proposta de contratação de 600 temporários e a produção de um novo produto na fábrica da cidade.

Na portaria da S-10 (portão 4), onde será realizada a assembléia unificada do 1º e 2º turnos, será apresentada a proposta definida durante a negociação ocorrida entre sindicato e GM. Foram 13 horas de negociação, ocorrida nesta quarta, dia 18.

Desde o início do ano, houve uma forte luta do sindicato e dos trabalhadores da GM contra o banco de horas, o que foi conquistado nesta negociação.

Proposta
No termo de entendimento que foi definido na negociação, e que será apresentado aos trabalhadores, a GM se compromete a implantar imediatamente o segundo turno do MVA/Corsa, com a contratação de 600 funcionários, pelo prazo determinado de um ano, com possibilidade de prorrogação por prazo idêntico.

A montadora também fará novos investimentos, para a produção de um novo modelo de veículo, com previsão de produção no final de 2010.

A proposta descarta o banco de horas (mecanismo que flexibiliza a jornada e não paga hora extra) e prevê que a jornada poderá ser prorrogada extraordinariamente no limite de uma hora diária, de segunda a sexta-feira, sendo paga como hora extra.

Aos sábados, a jornada poderá ocorrer no limite de dois por mês, em sábados alternados, também sendo paga como hora extra.

Foi incluída uma cláusula que determina que as horas extras realizadas acima de 29 horas por mês serão pagas com adicional de 75%, de segunda a sábado, e de 130% nos domingos e feriados, até o limite de oito horas diárias.

Avanço
Diferente da proposta inicial da GM, que reduzia toda a grade salarial da empresa, desde o piso ao teto, as 600 contratações serão efetuadas com os salários vigentes no Acordo Coletivo das montadoras, acima do piso salarial, no valor de R$ 1.207,00, o que já era uma prerrogativa da empresa dentro da legislação atual.

Pela proposta também fica garantida a renovação dos contratos por tempo determinado atualmente em vigor.

Segundo o presidente do sindicato, Adilson dos Santos, o Índio, foi possível avançar na negociação no dia de ontem, pois a GM recuou na implantação do banco de horas e na mudança da grade salarial, medidas que seriam extremamente prejudiciais aos trabalhadores.

A CUT e os três dirigentes sindicais que romperam com a maioria diretoria, equivocadamente se uniram ao patronato da região, e defendiam a aceitação do Banco de Horas. Mas, mostramos que com mobilização é possível resistir e defender os direitos dos trabalhadores. Aqui não tem redução de direitos e Banco de Horas“, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Adilson dos Santos, o Índio.

Agora, os trabalhadores é que decidirão sobre esta proposta”, concluiu.