Diante da intransigência do governo, é necessário aprofundar ações do movimentoA Plenária Nacional dos Servidores da Seguridade Social, base da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social), realizada no dia 22 de julho, aprovou por ampla maioria a continuidade do movimento de greve da categoria. A greve persiste e, apesar das contra-ofensivas autoritárias do governo, os servidores estão completando 50 dias de paralisação.

O governo, porém, permanece intransigente. Nessa última sexta-feira, dia 22 de julho, o Ministério do Planejamento enviou ofício para a CNTSS (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social), e para a Fenasps, informando que “por esgotamento das negociações e impossibilidade de acordo em função da rejeição anunciada” está retirando suas propostas rebaixadas da mesa de negociação. Como se isso não bastasse, o governo também informou pela imprensa que irá descontar os dias parados no próximo contra-cheque.

Evidentemente, isso é uma forma de golpear o movimento, tentando arrefecer a greve e fragilizar ainda mais o já combalido Comando de Greve da Seguridade. Pode funcionar também como uma ameaça para forçar os servidores a voltarem ao trabalho sem nenhuma conquista.

Diante da intransigência do governo Lula, o único caminho para os servidores é a radicalização do movimento de greve. Nesse sentido, os servidores devem superar a política do P-SOL no Comando de Greve, que se resume à manutenção da greve, afirmando que a “verdadeira radicalização neste momento é continuar a greve”. Sem mudar o tom da greve, o tom do governo também seguirá sendo o mesmo.

Na próxima plenária da categoria, no dia 29, os servidores irão votar o apoio da Federação à marcha nacional contra a corrupção e a política econômica do governo Lula convocada pela Conlutas para o dia 17 de agosto em Brasília.

Politizar a greve contra o governo
É fundamental, neste momento, a greve dos servidores aprofundar a denúncia contra o governo do mensalão. Ao mesmo tempo em que afirma não ter recursos para garantir reajuste aos servidores, o escândalo de corrupção no Planalto revela a cada dia milhões sendo desviados dos cofres públicos para financiar a corrupção no Congresso Nacional. Nesse sentido, os servidores devem ainda exigir a imediata revogação da reforma que privatizou a Previdência pública, aprovada pelo governo mediante a compra de deputados.

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