Entre os dias 12 e 15 de Novembro aconteceu em París a segunda edição do Forúm Social Europeu. Segundo os organizadores foram inscritos 50 mil pessoas em mais de 250 seminários, e numerosas conferências. A juventude universitária foi sem dúvida o setor predominante. A guerra, e o projeto de constituição européia e a América Latina, em especial o Brasil e a experiência com o Governo Lula, constituíram um Forúm repleto de temas mais variados possíveis.

Socialismo ou Alter–globalização?

Dando continuidade com o FSE de Florença e os de Porto Alegre, o Forúm demonstrou como milhares de de jovens mostram sua vontade de luta, buscando experiências de lutas, referências, respostas as suas inquietudes políticas. O FSE aparece como aparente continuidade do movimiento antiglobalização, de Seattle, Praga o Genôva. A realidade, no entanto, é outra. O FSE é a tentativa de institucionalizar esses protestos, `domesticando` esses movimentos. `Eu achava que era mais transparente mais concluí que aquí as coisas são bastante nebulosas, Onde se tomam as decisões, e quem às tomas ?` São os comentários de um ativista universitário de Madri
Uma descentralização absoluta que impedia participar de muitos eventos, a instrumentalizaçaõ e o controle político do o Comitê de iniciativa françes (ATTAC, Le Monde, PCF e LCR-SU), a mercantilização do Forúm , foram elementos abertamente criticados por um setor significativo dos participantes.

A ação direta, a luta anticapitalista e antiimperialista, as `idéias` de Seattel, contrastam com um evento cujo o eixo é a `racionalização do sistema`, a busca de ‘reformas possíveis’, que julgam os discursos revolucionários `obsoletos`. Nessa busca desenfreada em busca de um ‘possibilismo’ a moda é ser ‘Alter-globalizador’, quer dizer, ‘outra globalização é possível’.

Uma das consequências imediatas de este empenho é que este tipo de eventos se isolam cada vez mais do movimento operário e dos setors mais explorados pelo capitalismo. É un dado concreto ver a escassa participação de jovens o trabalhadores negros e árabes no evento, levando em conta que em París cerca del 30% de população é negra, originária das ex-colônias africanas.

Brasil e as falsas esperanças no governo Lula

Um dos seminários, convocado pela revista Marxismo Vivo, reuniu mais de 700 pessoas e foi dedicado a América Latina. Nesse seminário estavam o Zé Maria representante do PSTU, membros da direção do PT, intelectuais vinculados ao `Secretariado Unificado de a IV° Internacional`, como Michel Löwy, representantes do Zapatismo mexicano, simpatizantes de Chávez e representantes cubanos. Zé Maria polemizó com todos que não defendem uma estratégia de suprimir o sistema capitalista, e que defendem conquistar `melhorias` em base a acordos com a burguesia nacional e internacional. Zé Maria detalhou com dados a fome, a miséria, o desemprego que aumentaram durante o Governo Lula, ao mesmo tempo que também aumentaram os benefícios ao banqueiros, e o pagamento da dívida ao FMI. Zé Maria destacou também a greve dos funcionários públicos como a resistência de outros setores da classe trabalhadora como correios, bancários, metalúrgicos, petroleiros, etc. Fez uma crítica expressa aos setores de esquerda, en especial os que como Rosseto (DS) que se dizem “trostkista” e são ministros de um Governo burguês como o de Lula.

O encerramento do FSE foi marcado por uma grande manifestação

No último dia una grande manifestação com mais de 70 mil pessoas demonstrou o repúdio com a guerra imperialistas, e senhores da guerra na Europa como Aznar, Berlusconi e Blair.

A declaração da LIT-QI contra a Europa do capital e da guerra, jornais de diversas secciones da LIT. foram amplamente divulgados por todo o Fórum. Durante a passeata que foi formado uma bancada da LIT onde estiveram presentes companheiros da Bélgica, Inglaterra, Polônia, Portugal, Espanha, Russia, Brasil e França que seguiram em um animado cortejo com companheiros da Corriente Roja e Izquierda Unida