Redação
Construir nas lutas uma alternativa da classe trabalhadora
As notícias na TV, no rádio e nos jornais sobre os governos do PT, do PSDB, do PMDB são todos casos de polícia.
As denúncias da Lava Jato contra figuras do PT chegam mais perto do governo Dilma e atingem também Lula.
O ex-presidente FHC foi denunciado por sua ex-amante, Miriam Dutra, que o acusa de lhe ter enviado, durante quatro anos, uma pensão mensal de US$ 3 mil pagos por uma empresa que controla as lojas Duty Free de vários aeroportos brasileiros.
O governo Alckmin (PSDB), de São Paulo, está metido no desvio milionário de verbas da merenda escolar. Na coordenação do roubo: o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Fernando Capez (PSDB), e o recém ex-chefe da Casa Civil de Alckmin.
O corrupto Eduardo Cunha (PMDB) dispensa comentários, mas não é o único picareta no Congresso Nacional. Até agosto de 2015, 130 deputados respondiam a inquéritos ou ações penais na Justiça segundo o site Congresso em Foco.
Os governos do PMDB do Rio de Janeiro (Cabral e Pezão) deram benefícios fiscais a 11 empresas no valor de quase R$ 20 bilhões entre 2011 e 2015. A Nissan, por exemplo, pode postergar o pagamento de R$, 5,9 bilhões de ICMS por 30 anos e, quando começar a pagar, vai contar com juros de 1% ao ano!
Toda essa corrupção é produto do sistema capitalista. A decadência desse sistema, no qual um punhado de milionários fica cada dia mais rico à custa da pobreza de milhões, se manifesta em crises maiores e mais recorrentes e na corrupção gigantesca.
A grande imprensa até fala de uma parte dessa corrupção visível, mas esconde o grande roubo que é a entrega da Petrobrás às multinacionais ou o pagamento da dívida aos banqueiros, que consome metade do que o país arrecada. Dinheiro que deveria ser investido em educação, saúde, saneamento básico, infraestrutura e garantia de emprego. Porém Dilma, PT, PSDB e PMDB querem mesmo despejar a crise nas costas dos trabalhadores com demissões, desemprego e ataques aos direitos.
Nenhum desses partidos e governos defende os trabalhadores. Eles defendem os capitalistas, governam pra banqueiros e grandes empresas. E é das regras desse mesmo sistema que esses políticos e partidos que se alternam no poder concedam a si próprios benefícios que nenhum trabalhador jamais teve.
Nenhum deputado deveria ganhar mais do que um operário ou um professor. Todo político deveria poder ser destituído pelo povo se não cumprisse o que prometeu sem ter de esperar quatro anos. A classe trabalhadora e a juventude estão lutando. É preciso unificar essas lutas e organizar uma greve geral. Não podemos aceitar reforma da Previdência, demissões, desemprego, ataques à educação e à saúde públicas, a entrega da Petrobras e o rebaixamento de salários. Basta!
Precisamos de um governo socialista dos trabalhadores, que pare de pagar a dívida aos banqueiros, que estatize sem indenização as empresas que demitirem ou que estão envolvidas na corrupção e as coloque sob controle dos trabalhadores. Precisamos de um governo que faça os ricos pagarem pela crise. Os trabalhadores, com sua mobilização, podem botar para fora todos eles e construírem essa alternativa que está faltando.