Acrise financeira nas universidades e os aumentos nas passagens de ônibus estão gerando mobilizações estudantis em todo o país.
Em São Paulo, as escolas técnicas e as Fatecs (Faculdades de Tecnologia, vinculadas à Unesp) completaram mais de 40 dias em greve por reajuste salarial e mais verbas. Na Unesp estão ocorrendo paralisações e mobilizações contra a falta de professores e por assistência estudantil. Na PUC, a reitoria foi ocupada contra a perseguição aos estudantes.
No Rio de Janeiro, os estudantes do Direito da UFRJ, junto com o DCE, conseguiram o afastamento do diretor-interventor após uma ocupação vitoriosa (foto).
Na UFG (GO), o DCE luta contra as taxas e a terceirização do restaurante universitário. Em Fortaleza (CE), o ministro Tarso Genro foi vaiado pelos estudantes da UFCE. Em Betim (MG), houve um ato com três mil estudantes pela ampliação do meio-passe e, na semana passada, foi a vez de Curitiba (PR), onde houve um ato com dois mil secundaristas contra o aumento da passagem e pelo passe-livre.
Essas lutas devem enfrentar a reforma Universitária. É necessário também nacionalizar a luta do passe-livre.
Para isso, devemos enfrentar a postura governista da direção da UNE, que defende a Reforma Universitária Já e tenta transformar a jornada de lutas em atos pró-reforma. E também a diretoria da UBES, que na prática não defende o passe-livre, mas o meio-passe, para não se chocar com aliados nos governos e prefeituras.
É preciso unificar as lutas de públicas, pagas e secundaristas em uma grande manifestação nacional, transformando os atos da UNE/UBES nos primeiros atos nacionais contra esta reforma Universitária e pelo passe.
Nas universidades, é preciso construir um Encontro Nacional contra a Reforma Universitária, organizando uma campanha alternativa à da UNE, e, em secundaristas, organizar grêmios e comitês pelo passe-livre, que possam ser uma alternativa à postura burocrática e governista da UBES.
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