Os professores estaduais do Amazonas fizeram a maior manifestação dos últimos anos frente a sede do governo estadual exigindo a 80% de correção do salário e o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS). A manifestação, definida em assembléia da categoria, iniciou com uma concentração às 9h do dia 13, no estacionamento do estádio Vivaldão. Uma grande carreata, com três carrros de som e mais de 700 veículos levando cerca de 2 mil pessoas, percorreu as principais vias da cidade até a sede do governo.

O sindicato da categoria (Sinteam) é dirigido pelo PCdoB e pelo PT, e está sendo empurrado pela base a tomar atitudes contrárias e a lutar. A manifestação foi mais um exemplo disso. O governo de Eduardo Braga (PPS) recebeu uma comissão às 17h e ofereceu incorporação do abono (R$200) ao salário base (R$200) e o envio do PCCS à Assembléia Legislativa o PCCS. Quando a direção retornou da negociação, a base não aceitou as propostas e começou dar um show de vaias onde não tiveram controle. Assim mesmo, a direção passou a defender a proposta como “porta-vozes“ do governo. A insatisfação foi geral e, os discursos foram acompanhados de vaias. O deputado estadual Eron Bezerra (PCdoB) esteve no momento por uns 10 minutos e nem pôde subir no carro-som devido às vaias. O PSTU defendeu uma assembléia geral na terça, 18/11 para definir novo processo de luta.

Os profissionais de Educação começam a perceber que tem um sindicato governista. E isso é cada vez mais evidente. O PCdoB apóia criticamente o governo do estado e participa da prefeitura. Como consequência, investe em uma negociação tentando `unir`, segundo a imprensa local, o prefeito Alfredo (PL) e o governador Eduardo Braga/PPS em torno da candidatura de sua deputada federal Vanessa Graziotin para prefeita. E, para isso, está tentando de tudo mostrar controle sobre o movimento.