Nos próximos dias 7 e 8 de agosto, sexta e sábado, ativistas realizam uma grande ofensiva com o abaixo-assinado contra a crise econômica. O abaixo-assinado foi lançado pela Conlutas em maio e traz reivindicações como a proibição das demissões pelo governo Lula, a redução da jornada de trabalho e a reestatização das empresas privatizadas, como a Vale e Embraer.
A iniciativa foi aprovada pela reunião nacional da Coordenação Nacional da Conlutas realizada nesses dias 25 e 26 de julho no Rio de Janeiro. A atividade é parte das preparações para o dia nacional unificado de lutas e paralisações no dia 14. Os dias nacional de recolhimento de assinaturas estão sendo organizados pelas Conlutas estaduais, além de sindicatos e movimentos. A ideia é promover a campanha nas bases das categorias, além de concentrações populares e bairros operários.
Abaixo-assinado acumula forças para mobilizações
Lançado em maio pela Conluas, o abaixo-assinado tem o objetivo de conscientizar os trabalhadores e a população sobre os efeitos da crise econômica, além de propor medidas que enfrentem esses ataques. É uma forma de acumular forças para mobilizações diretas contra a crise.
O abaixo-assinado é dirigido a Lula e ao Congresso Nacional e deve ser entregue nesse segundo semestre.
Leia a íntegra do abaixo-assinado:
Abaixo-assinado dirigido ao Congresso Nacional e ao presidente da República
Os trabalhadores e trabalhadoras que subscrevem este abaixo-assinado vêm à presença dos representantes do Congresso Nacional e ao Sr. Presidente da República exigir que sejam adotadas medidas para defender os trabalhadores e trabalhadoras e suas famílias frente aos efeitos da crise na economia.
Não aceitamos que sejam os trabalhadores e trabalhadoras os sacrificados, novamente. O ônus por esta situação cabe às grandes empresas e aos bancos, que obtiveram lucros imensos no passado recente. Dada a gravidade da situação, pedimos urgência na adoção das seguintes medidas concretas:
Adoção imediata de uma lei que garanta estabilidade no emprego, coibindo as demissões que ocorrem em grande quantidade em todos os setores da economia.
Redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, e manutenção de todos os direitos trabalhistas e sociais.
Que o governo deixe de enviar recursos públicos às empresas e aos bancos e destine um volume maior de investimentos para a construção de moradias populares, saneamento básico, escolas, hospitais, transporte público e reforma agrária.
Atendimento das reivindicações relacionadas à aposentadoria e aos aposentados: reajuste das aposentadorias pelo mesmo índice do salário mínimo, recomposição do valor dos benefícios ao valor do momento da concessão e fim do fator previdenciário
Respeito aos reajustes salariais previstos nos acordos feitos com os servidores federais. Valorização dos serviços e servidores públicos.
Reestatização sob controle dos trabalhadores e trabalhadoras da Embraer, da Vale e da CSN com reintegração imediata de todos os demitidos por essas empresas.
Petrobras 100% estatal! O petróleo tem que ser nosso!