A maior produtora de aços planos da América Latina, a USIMINAS, pretende suspender até o dia 31 de janeiro todas as atividades primárias de produção de aço. A previsão é de quase 2 mil demissões. Essas demissões que já começaram além de afetar, obviamente, diretamente as famílias destes trabalhadores, deve causar um efeito dominó em toda a região da baixada santista. 

O Município sofrerá com a queda na arrecadação. Essa situação provocará ainda corte de funcionários terceirizados ligados à empresa. O aumento do desemprego afetará diretamente o setor de comércio e serviços na região. Para se ter uma ideia, a busca por novas oportunidades de emprego no Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Cubatão, entre os dias 1º e 18 deste mês, já foi elevada entre 15% e 20%. Foram feitos 11.114 cadastros novos de trabalhadores em busca de emprego (entre eles, 643 mulheres). Mas somente 225 vagas abertas no PAT. Como viverão estes trabalhadores? Como pagarão seus aluguéis? A feira? A luz? 

Todos estes trabalhadores afetados diretamente ou indiretamente pelas demissões em massa são vítimas da privatização desta empresa há mais de 25 anos. Loucura? Não. Na época, Fernando Collor de Melo buscou convencer o país inteiro de que a privatização era a saída para consolidar o setor de siderurgia no país, construir cidade e expandir a empresa. É fato que a empresa dobrou de tamanho em 20 anos, mas à custa de que? Por que não seria possível crescer como uma estatal? É também um fato que na primeira dificuldade, para seguir lucrando, estas empresas privatizadas rifam aqueles que a fizeram crescer durante todo este período: os seus trabalhadores.

Outro fato que este exemplo de Cubatão mostra é que a luta contra as demissões não é só dos demitidos e de determinada categoria, mas de todos os trabalhadores que direta ou indiretamnete são afetados por elas. É preciso unificar a luta contra as demissões! 

 

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