Lucas Pereira, da Juventude do PSTU
Neste dia 10 saiu o edital do ENEM 2017. Além das mudanças no formato do vestibular, foi anunciada a absurda notícia de que a taxa de inscrição passou de R$ 68 para R$ 82.
Como se já não fosse suficiente o funil que o ENEM representa para a entrada da juventude pobre e negra nas faculdades, já que estes dependem da péssima estrutura oferecida nas escolas públicas, o governo estreita ainda mais este funil, aumentando absurdamente o preço da inscrição e dificultando ainda mais a isenção.
Num país onde a juventude pobre e negra está destinada aos piores postos de trabalho, quando não ao desemprego, a única saída para universalizar o ensino superior é o fim de qualquer tipo de vestibular como o ENEM e a garantia do livre acesso ao ensino superior público.
Os governos do PT entregaram bilhões de reais para o ensino privado, enquanto os estudantes saem das faculdade privadas todos endividados. Os governos do PT ou PMDB precarizam a universidade pública, ao invés de ampliá-la e universalizá-la com o livre acesso, e fomentam a universidade privada caríssima para enriquecer os tubarões do ensino.
A cada dia que passa, mais ataques são feitos pelos governos na educação pública. Temer, assim como os governos anteriores de Dilma, cortou bilhões da educação e agora segue sua cartilha de ataques com a reforma do Ensino Médio que precariza e “forma” alunos diretamente para o mercado de trabalho, para ocupar cargos ainda mais precarizados, explorados e com ainda menos direitos.
Para barrar todos esses ataques de Temer, a juventude, junto da classe trabalhadora, tem que organizar comitês populares em seus bairros e construir uma grande Greve Geral pra botar para fora todos eles!