A semana nacional de mobilização contra a reforma universitária foi pautada por lutas específicas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nesta quarta-feira, 30, a Coordenação de Luta dos Estudantes (Conlute), diversos DA`s e o DCE realizaram um ato-show, seguido de uma reunião para discutir a reforma e a continuidade da luta contra o aumento do bandejão, ressaltando que este aumento faz parte da mesma lógica de privatização da reforma.
Várias bandas tocaram enquanto os estudantes almoçavam. Houve uma esquete teatral sobre a reforma universitária dentro do restaurante e, em seguida, foi realizada uma assembléia que definiu as novas atividades do movimento. Na sexta-feira haverá reunião de negociação com a fundação privada que administra a assistência estudantil na universidade (Fump) e, na próxima semana, será realizado outro ato com ocupação da reitoria. Enquanto isso, um abaixo-assinado circulará pela universidade, reivindicando a criação de uma pró-reitoria de assistência, a extinção das taxas, a redução drástica do preço do bandejão e refeição gratuita para os estudantes carentes.
Os estudantes da UFMG vêm realizando ações para barrar o aumento há duas semanas, com passagens em sala, distribuição de panfletos, ocupações e assembléias no restaurante. No início deste semestre letivo, a Fump presenteou os estudantes com o novo preço de R$ 2,50 para não-carentes, e aumentou em cinco centavos o preço para os carentes (R$ 0,75).
A UFMG não conta com uma pró-reitoria pública de assistência, o que faz com que seja a universidade federal em que o processo de privatização se encontra mais avançado. Taxas semestrais de matrícula de quase R$ 200 e “aluguéis“ de até R$ 113 para a moradia universitária somam-se ao preço da refeição no restaurante, uma das mais altas do país.