Ato reuniu operários, entidades e estudantes no Dia do TrabalhadorMesmo com a chuva preguiçosa que insistia em cair pela manhã, na capital paraense, operários, entidades sindicais e estudantes estavam firmes e fortes na Praça do Operário, local de concentração do ato que uniu Conlutas e Intersindical no Dia do Trabalhador em Belém. Além destas duas entidades, estiveram presentes Via Campesina, Comitê Metropolitano Xingu Vivo, Comitê Belo Monte, MST, ANEL, Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social, Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Sindsep, Sinditifes e Sintepp.

Do outro lado, na Praça da Leitura, as centrais governistas CUT, CTB, UGT e NCTB, como fazem todos os anos, estavam num trio elétrico chamando os trabalhadores para um show popular na Praça da República, centro de Belém. Enquanto o ato governista chamava para a festa, o ato da Conlutas e Intersindical denunciava a situação dos trabalhadores em nível nacional e internacional, denunciando também o papel nefasto que o governo Lula e a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, ambos do PT, vêm cumprindo contra os trabalhadores. Dois bonecos, representando Lula e Ana Júlia, foram feitos e seguiram ao longo do ato recebendo pancadas dos manifestantes.

O ato percorreu as principais ruas do centro de Belém. Durante a caminhada, vários companheiros fizeram falas lembrando a importância do 1º de Maio. Para Dion Monteiro, do Comitê Metropolitano Xingu Vivo “o 1º de maio representa a reafirmação das lutas sociais, econômicas, ambientais, culturais e políticas. Representa o compromisso dos trabalhadores do campo e da cidade por outras relações sociais de produção”.

Assuntos como a construção de Belo Monte, o assassinato da missionária Dorothy Stang, a luta dos professores estaduais contra o governo de Ana Júlia e as eleições de 2010 foram tocados durante o ato. Cléber Rabelo, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém e pré-candidato a governador do Estado pelo PSTU, enfatizou a importância dos trabalhadores terem uma alternativa operária e classista nas eleições de 2010 para bater de frente com os candidatos da burguesia e com “a falsa alternativa de esquerda” que é a candidatura de Marina Silva, do PV.

“Infelizmente, não foi possível a frente de esquerda nestas eleições apesar do chamado e esforço do PSTU para que ela ocorresse, mas ainda assim temos que fortalecer nossas candidaturas próprias como a de Zé Maria para presidente e apresentar nosso programa para a classe trabalhadora”, disse Cléber.

O ato terminou na Praça da República, centro de Belém e depois houve festa para os trabalhadores da construção civil na sede campestre da categoria.