O ato foi a primeira atividade da CSP-Conlutas Ceará na Jornada Nacional de LutasNesta quarta-feira, 17 de agosto, a obra JBL em frente à Fábrica de roupas Zignum parou para exigir o fim das mortes e dos acidentes nas obras do setor e do assédio moral no setor da confecção.

Costureiras e operários se uniram para denunciar a perseguição que a diretora do Sindconfe, Helena, vem sofrendo na Zignum. Algumas semanas atrás a empresa obrigou as trabalhadoras a assinarem um abaixo-assinado exigindo a saída da representante da fábrica.

Além disso, proíbe as trabalhadoras de conversarem com Helena e se sindicalizarem. Ameaças de demissão são constantes, o clima é de medo e de insegurança.

A empresa iniciou a onda de perseguições depois que o Sindconfe denunciou em seu jornal a péssima qualidade do almoço, a falta de higiene nos banheiros e trabalho além da jornada sem remuneração.

Na Construção Civil a situação não é diferente. O clima de insegurança e medo é causado pelas mortes no setor, que só neste ano somam 17 em todo estado.

Os acidentes, os problemas de saúde, as mortes e o assédio moral têm todos uma mesma cara, a exploração. Quanto maior é o ritmo de trabalho, mais os trabalhadores ficam vulneráveis aos acidentes.

O próprio engenheiro da obra mostrou a ganância de produzir dos patrões ao agredir o presidente do Sindicato, Nestor Bezerra, para acabar com a paralisação. Mas os operários não se intimidaram e continuaram parados até o final do ato.

Por trás de tudo isso só existe uma palavra: o lucro. É só nisso que os patrões pensam, e para aumentar seus lucros não importa que a vida do trabalhador seja esmagada.

Como afirmou Gonzaga, Presidente do Diretório Estadual do PSTU e diretor do Sindicato da Construção Civil: “os patrões estão do mesmo lado, querem retirar os direitos do trabalhador para melhor explorar, nós temos que mostrar o caminho e juntos, homens e mulheres operárias, fazer uma revolução socialista que coloque sob nossas mãos tudo o que produzimos.”