Mesa de abertura
Raíza Rocha

“Precarização do Trabalho Docente na UNEB” é o tema central do II Congresso da Aduneb, nos dias 6 a 8 de agostoNa plenária de abertura, o diretor de organização e administração da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Bahia (Aduneb), Carlos Zacarias, saudou os 50 delegados, cinco observadores e oito entidades convidadas presentes e falou do importante cenário político no qual o II Congresso está inserido. “Vivemos uma crise econômica mundial que, infelizmente, segue se aprofundando. Por outro lado, trabalhadores em todo o mundo resistem aos efeitos da crise com mobilizações e ações radicalizadas”, afirmou Zacarias.

Segundo o diretor, na Bahia não tem sido diferente: com a desculpa da crise, centenas de trabalhadores foram demitidos e o contingenciamento de verbas nos serviços públicos tem significado uma maior precarização do trabalho dos servidores. “Em nome da crise, Wagner contingenciou verbas, mas as empresas que ameaçam demissões ou demitiram seguem com isenção fiscal. O problema é de vontade política e de prioridades dos governos.”

Na plenária de abertura, entidades do movimento sindical, popular e estudantil saudaram o evento. O Sintest, Adusb, Adufs, Adusc, Andes-Regional Nordeste III, DCE-UNEB, Instituto latino-americano de Estudos Socioeconômico (Ilaese) e a Conlutas-BA estiveram presentes na abertura do Congresso.

O Andes, representado por Cecília de Paula, parabenizou a organização do espaço que, segundo ela, acontece num cenário baiano e mundial importante para aprofundar as discussões. A queda do novo secretário de educação e a indicação de Osvaldo Barreto Filho para o cargo colocam novos desafios para o movimento docente, segundo a professora. “O novo secretário entende mais de mercantilização da educação do que de educação pública. Agora, em tempos de crise e ataques, precisaremos fortalecer ainda mais o nosso sindicato e as nossas seções sindicais”, afirmou Cecília.

Cecília Amaral, em nome da Conlutas-BA, saudou os presentes afirmando a importância do congresso para o fortalecimento do movimento docente e a necessidade da consolidação da Conlutas no Estado para garantir a unidade dos trabalhadores baianos contra os efeitos da crise. “Esta crise não tem sido uma marolinha. Precisamos nos defender, garantir a unidade e o fortalecimento da nossa organização”, disse.

Zacarias destacou, ainda, a importância da resistência e das mobilizações para enfrentar os desafios colocados aos trabalhadores. “Como secção sindical do Andes e parte da central Conlutas, aprendemos que não há vitórias sem lutas”, comentou.

Na abertura, foi exibido um vídeo produzido pela assessoria de comunicação da Aduneb sobre as últimas lutas da entidade.

Assista ao vídeo do congresso: