Além de manter viva a memória sobre o evento que é chave para se entender a questão palestina nos dias de hoje, o ato visa denunciar a contínua limpeza étnica ainda em curso na Palestina ocupada e o regime de apartheid ali instalado por Israel. Assim, pretende contribuir para conscientizar a população sobre essa situação e a urgência da solidariedade internacional para transformar tal realidade. Para tanto, propõe a adesão à campanha de BDS (boicotes, desinvestimento e sanções) ao apartheid israelense, a qual será apresentada na ocasião ao público presente ao ato e aos cidadãos e cidadãs paulistanos. A iniciativa atende a um chamado da sociedade civil palestina feito em 2005 e segue os moldes da campanha que derrubou o regime de apartheid na África do Sul nos anos 1990. Neste país, a principal exigência é a ruptura de acordos militares firmados entre os governos brasileiro e israelense.
Após a manifestação, os participantes serão convidados a seguir para atividade cultural também lembrando a Nakba. Organizada pelo Mopat (Movimento Palestina para Tod@s), ocorrerá no Ecla (Espaço Cultural Latino-Americano), a partir das 21h.
História
No dia 29 de novembro de 1947, as Nações Unidas recomendaram a partilha da Palestina em dois Estados, um judeu e um árabe. Esse plano jamais foi integralmente implementado, no entanto, criou o cenário da guerra de 1948, durante a qual Israel foi unilateralmente estabelecido como um Estado judeu no dia 15 de maio, mediante a limpeza étnica de mais de três quartos do povo palestino, confiscando suas terras e impedindo o seu retorno. Essa guerra é lembrada pelos palestinos como a Nakba (catástrofe) e deu início à mais longa ocupação no mundo contemporâneo, a qual já dura 65 anos. Desde então, as políticas e práticas israelenses violam a lei internacional, incluindo a Quarta Convenção de Genebra e a Convenção Internacional de Supressão e Punição do Crime de Apartheid.
SERVIÇO:
Ato público
15 de maio de 2013 (quarta-feira)
18h