Para garantir o pagamento da dívida aos banqueiros, o governo está disposto até mesmo a sacrificar o aumento no salário mínimo

Na última sexta-feira, 19, o governo anunciou a sua intenção de colocar o ajuste fiscal de forma permanente, colocando isso em lei. E como faria isso? Através de um projeto de lei complementar para limitar ainda mais os gastos públicos para os próximos anos. O teto definido em lei seria incorporado ao Plano Plurianual (PPA).

O controle, segundo o governo, seria feito em três estágios: a primeira forma de limitar os gastos públicos seria proibir novas desonerações, aumento real das despesas, concursos públicos e novas contratações. No segundo, suspender subsídios, aumento nominal (sem a inflação) das despesas e de reajustes aos servidores. No terceiro, reduzir as despesas com servidores, diminuindo benefícios, mandando embora servidores sem estabilidade e até mesmo suspendendo aumento do salário mínimo.

Trata-se de uma espécie de upgrade na Lei de Responsabilidade Fiscal imposta por FHC (PSDB). É uma lei para cortar ainda mais recursos da saúde, educação, de direitos do funcionalismo público, chegando às raias do absurdo de poder revogar aumento no salário mínimo! Tudo para garantir os lucros dos banqueiros. Nem mesmo o PSDB foi capaz de impor tal medida.

Com isso, o governo Dilma reafirma ainda mais que a sua prioridade nesses tempos de crise é a manutenção dos lucros dos banqueiros, nem que para isso tenha que destruir ainda mais os serviços públicos e rebaixar salários dos trabalhadores e aposentados.

 

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