PSTU Vale do Paraíba

A vinda do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes a São José dos Campos nesta segunda-feira, dia 3, era para ser um tranquilo almoço com empresários. Mas um protesto em frente ao hotel Golden Tulip, onde acontecia o almoço-debate, alterou a rotina prevista. Com carro de som, faixas e cartazes, manifestantes realizaram um ruidoso protesto chamando Mendes de “inimigo dos trabalhadores e defensor de corruptos”.

A manifestação foi organizada por sindicatos da região e reuniu trabalhadores de várias categorias, como metalúrgicos, dos Correios, aposentados, químicos, servidores, sem-terra do acampamento Dirceu Travesso, entre outros. Estiveram presentes ainda militantes da CSP-Conlutas, do PSTU e PSOL.

Realizada na véspera do início do julgamento, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da ação que pede a cassação da chapa Dilma/Temer, uma das principais bandeiras da manifestação foi a cobrança da cassação e o afastamento de Temer e a realização de Eleições Gerais no país, com novas regras.


As falas também denunciaram a corrupção e a impunidade existente no país, as reformas da Previdência, Trabalhista e a terceirização que atacam os direitos sociais e defenderam a Greve Geral que está marcada para o dia 28 de abril.

A postura de Gilmar Mendes, conhecido por defender medidas contra os trabalhadores, a favor da impunidade de corruptos, como a anistia geral ao Caixa 2, foi duramente criticada. Mendes também é presidente do TSE e tem dado declarações à imprensa de que não vê motivos para a cassação de Temer.

Gilmar Mendes veio a São José para fazer uma palestra para empresários a peso de ouro, mas aqui queremos deixar claro que para os trabalhadores ele não é bem vindo“, disse ao microfone o presidente do PSTU, Toninho Ferreira.

Esse ministro tem dito que cassar o corrupto do Temer criaria uma instabilidade no país. Ora, instabilidade já vivem mais 13 milhões de desempregados, instabilidade vivem os trabalhadores que estão prestes a perder o direito à aposentadoria com a reforma da Previdência, os trabalhadores ameaçados pela terceirização, a população que não tem direito à saúde, moradia, à uma educação de qualidade“, disse.

Dilma já se foi. Queremos a cassação de Temer e a realização de Eleições Gerais já, sob novas regras. E que não venham enrolar nesse julgamento, pedir vistas e tentar empurrar com a barriga. O povo não aguenta mais. No dia 28 vamos parar o país, para derrotar as reformas e lutar para por para fora todos eles“, afirmou.

O protesto, que ocorreu entre as 11h30 e 13h, chegou a causar lentidão no trânsito local e teve várias demonstrações de apoio da população.