A democracia burguesa promete igualdade e liberdade para as mulheres, seguem afirmando que houve grandes avanços para a emancipação das mulheres, que hoje estão em maior número nas esferas do poder, e até mesmo que houve avanços no governo Lula, com a criação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, com status de Ministério, decretou 2004 como o “ano da mulher” e promoveu a 1º Conferência Nacional de Mulheres. Porém a realidade nos prova o contrário. Por mais avançadas que sejam as propagandas sobre conquistas obtidas, por mais que se façam Encontros para debater os problemas vividos pelas mulheres, a realidade das políticas públicas mostra a verdadeira realidade: as mulheres trabalhadoras e pobres continuam escravas do trabalho doméstico, com cortes em direitos adquiridos, através das reformas governamentais, submetidas de forma mais aguda, a todas as mazelas do sistema capitalista.

São poucas as alternativas dentro do capitalismo para um número cada vez maior de mulheres jogadas na miséria. Os números mostram a verdadeira face deste sistema: as mulheres constituem 70% dos mais pobres no mundo. No Brasil são feitos 1,5 milhão de abortos ilegais por ano (a população de Curitiba). Desses, 10% das mulheres morrem ou ficam com seqüelas. Dessas uma grande parte é de adolescentes, entre 1993 e 1998 deram entrada em hospitais públicos mais de 50 mil jovens para tratar de complicações causadas por abortos mal feitos. A cada quatro minutos acontece um caso de agressão física contra a mulher. O agressor é geralmente o homem com quem ela vive ou viveu.

O racismo vitima cotidianamente a mulher negra que é à base da pirâmide salarial, recebendo em média 1.7 do salário mínimo, constituindo um grande exército de reserva de força de trabalho do capitalismo, sendo as primeiras a serem demitidas e alvo número um de violência social. A mulher jovem sofre com a imposição de comportamentos, moralismos, ideologias, repressão a atitudes. A mulher lésbica não tem controle sobre questões relativas a sua sexualidade e o direito de decidir livremente sobre tal, sem sofrer coerção, discriminação ou violência.
As mulheres jovens ainda têm que enfrentar uma série de problemas relacionados à sua sexualidade, dea gravidez precoce à cada vez mais preocupante propagação da Aids entre jovens de 18 a 20 anos.

Frente a essa situação catastrófica em que vivem as mulheres jovens e trabalhadoras, as mulheres do PSTU irão desenvolver várias atividades durante o 5º Fórum Social Mundial. Iremos participar dos encontros da Coordenação Nacional de Luta (Conlutas), da Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes (Conlute), da Coordenação de Lutas do Movimento Popular e dos demais debates e atividades programadas pelo PSTU — acompanhe os debates e resoluções também pelo site — e também promover, juntamente com o jornal Opinião Socialista, um debate no calendário oficial do FMS. Junte-se a nós nesta luta.

• 27 de janeiro – Às 16 horas, ocorrerá o debate “Luta mulher! Contra as reformas neoliberais de Lula e do FMI”. Na sala B601, do Cais do Porto.

• 28 de janeiro – Durante a tarde, estaremos no grupo sobre Opressões, organizado pelo encontro da Conlute, no Ginásio da Camisa 10 (Av. Padre Cacique, 842, em frente ao Gigantinho).