A democracia burguesa é atada por fortes laços aos acordos com grandes empresas e ao imperialismo. As grandes empresas controlam diretamente os grandes partidos burgueses (PSDB, PMDB, PFL, PPS, PL e PP) por meio dos financiamentos das campanhas. O PT também passou de malas e bagagens para a defesa da democracia dos ricos e as suas campanhas dependem quase exclusivamente do dinheiro dos empresários e do Estado burguês.

Marqueteiros são contratados por milionários salários para tentar vender seu “produto”, no caso o candidato, como se vende sabão em pó. Apresentam uma imagem falsa, dizendo que irão resolver todos os problemas da população caso sejam eleitos.
Contudo, depois das eleições, os candidatos eleitos atuam como fantoches dos grandes empresários, trabalhado em prol dos seus interesses e acobertando suas maracutaias.

Um exemplo recente foi a operação abafa da CPI do Banestado. Depois de quebrar o sigilo bancário dos 29 principais banqueiros do país, deputados e senadores reagiram com uma profunda indignação contra a medida. Segundo uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, um deputado inexperiente, de primeiro mandato, perguntou a um experiente parlamentar qual a razão de tanta indignação. O veterano parlamentar respondeu “São os financiadores de campanha, seu estúpido”.

Além disso, as grandes empresas controlam a mídia, como jornais, rádios e TVs que manipulam totalmente as eleições.

O resultado é que os candidatos vitoriosos são os sempre representantes da burguesia, distorcendo completamente a vontade dos trabalhadores. Lula, por exemplo, foi eleito pela maioria do povo graças a uma ampla expectativa de mudança. No entanto, depois de eleito vem aprofundando os ataques contra os trabalhadores e mantendo a mesma política econômica de FHC.

Não há saída para a situação de arrocho e miséria dos trabalhadores dentro das regras institucionais “democráticas”. As eleições são um jogo de cartas marcadas, no qual os trabalhadores pobres sempre perdem.
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