Fotos: Rodrigo Barrenechea e Romerito Pontes

Cerca de mil estudantes de 23 estados do Brasil reuniram-se nesse 21 de março para a 8ª Assembleia Nacional da ANEL. O evento aconteceu na Tenda Ortega y Gasset, na USP Butantã, em São Paulo. O número de participantes superou, em muito, as expectativas da organização, que esperava cerca de 600 pessoas.

A mesa de abertura, com o tema “Copa para quem? Brasil com direitos, saúde e educação”, contou com a participação de representantes da CSP-Conlutas, Movimento Mulheres em Luta, ANDES, Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, Movimento Luta Popular, Juventude às Ruas, além de Henrique Carneiro e Claudia Moraes, professores da USP e UNIFESP, respectivamente.

A mesa também teve a presença especial de Thando Mansi, ativista da África do Sul, que fez uma exposição sobre todos os problemas que foram enfrentados em seu país durante a realização da Copa, a exemplo das remoções de famílias que moravam em favelas próximas aos estádios, aumento do desemprego e etc. “Na África do Sul, a grande questão colocada era: quem ganha com a Copa do Mundo, o povo ou a FIFA? Hoje, essa é a mesma questão que está colocada para os brasileiros“, destacou.

Ainda na abertura, ativistas dos movimentos Levante Popular da Juventude, Território Livre, RUA – Juventude Anticapitalista, e da FENET, que não constroem a ANEL, fizeram saudações à Assembleia e ressaltaram a importância do espaço para a construção de um movimento unificado em torno das pautas da esquerda.

A plenária final da Assembleia Nacional votou um calendário de lutas e campanhas para o próximo período. A principal campanha nacional a ser tocada pela entidade é “Na Copa vai ter luta!”, denunciando o repasse de verbas públicas para FIFA e empreiteiras, enquanto faltam verbas para educação, saúde, transporte, moradia, etc. A campanha será construída em conjunto com os parceiros do Encontro do Espaço de Unidade de Ação.

Ao fim, a 8ª Assembleia Nacional aprovou sua nova Comissão Executiva Nacional, com representantes de quase todos os estados presentes. A vitoriosa assembleia terminou com um coro de quase mil estudantes: “Não sou capacho do governo federal, sou estudante livre da Assembleia Nacional“.

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