O STICCRMF (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Fortaleza) filiado à CSP-Conlutas/CE, lançou, nesse dia 17, a campanha “Chega de Mortes nas obras”. A ação reuniu mais de 4 mil trabalhadores que realizaram uma passeata pela ruas da cidade. Além disso, esses operários paralisaram praticamente todas as obras da capital, somando cerca de 20 mil trabalhadores parados. Essa luta especifica da categoria fez parte da Jornada Nacional de Lutas no Estado.

Dez outdoors, denunciando a morte de 16 operários em acidentes de trabalho ocorridos de janeiro a julho de 2011, estão espalhados em diversos locais da cidade. O Sindicato, juntamente com a CSP-Conlutas também convocou, através desses outdoors, os trabalhadores a se incorporarem nas atividades da Jornada de Lutas.

Foi feita uma passeata e, ao final, houve ato em frente ao MPT (Ministério Público do Trabalho). Durante a manifestação uma comissão do Sindicato e da CSP-Conlutas foi recebida pelo procurador chefe do Ministério Publico que se comprometeu em agendar o mais rápido possível uma reunião para tratar do assunto. Ele afirmou ainda que “o MPT sempre estará atento a este tema que envolve a vida do trabalhador”.

Após a reunião, foi realizada uma assembléia com os trabalhadores. “A proposta do sindicato que foi aprovada, é que daqui para frente morreu pião, pião parou, ou seja, se morrer um trabalhador os canteiros irão parar”, informou o dirigente do Sindicato e membro da CSP-Conlutas/CE, Zé Batista.

Professores também fazem manifestação – Também como parte das atividades da Jornada de Lutas houve uma grande manifestação dos professores. Esses profissionais fecharam a Avenida que dá acesso ao Palácio do Governador. A greve dos Professores já dura 16 dias.