Redação

Neste ano se completam 100 anos da fundação do Partido Comunista Brasileiro. Organizações como o PCdoB e o PCB comemoram essa data e reivindicam essa história. No entanto, ocultam uma longa trajetória de apoio à burguesia, colaboração de classes e de traições desde quando o PCB foi dominado pelo stalinismo. Do mesmo modo, ocultam as polêmicas e os combates daqueles que se opuseram a essas políticas.

Nós do PSTU somos comunistas e reivindicamos orgulhosamente nossa origem na III Internacional e no Partido Bolchevique de Lênin e Trotsky que dirigiu a Revolução Russa. No entanto, desde a formação da Oposição de Esquerda em 1923, combatemos a degeneração burocrática da União Soviética e seu produto, o stalinismo, monstruoso aparato contrarrevolucionário que se apossou e depois destruiu a Internacional Comunista.
Nesta série de artigos e lives, vamos mostrar a outra cara da moeda desses 100 anos de comunismo no Brasil. Mostraremos como o passo positivo que significou a fundação do PCB foi deformado pelo stalinismo e transformado em uma história de frustrações dos que esperavam uma alternativa revolucionária para a classe operária brasileira.
Mostraremos também as polêmicas e as críticas dos que se opuseram e lutam até os dias de hoje pela construção de um partido operário, verdadeiramente comunista e revolucionário, inimigo de todas as burocracias sindicais e partidárias.

Esse esforço de mostrar o outro lado da história está voltado para as novas gerações de militantes e ativistas que já aderiram ou simpatizam com a causa do comunismo. Muitos podem não concordar com as críticas e polêmicas que desenvolvemos nessas linhas e nos próximos artigos. Respeitamos sua opinião.

Mas, é preciso conhecer essas críticas e polêmicas. Um militante revolucionário precisa confrontar criticamente as polêmicas políticas e teóricas com a realidade para chegar as suas conclusões por si próprio porque, como dizia Lênin, “sem teoria revolucionária, não há movimento revolucionário”.

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