Fora Temer! Fora todos eles!

Esta semana foi noticiado que Michelzinho, o filho de 7 anos do presidente interino Michel Temer, tem R$ 2 milhões em imóveis em seu nome. Garoto tão novinho e tão riquinho, cujo pai, na Presidência do país, não perde o sono com os milhões de pais e mães de família desempregados. Foi noticiado, também, que Lulinha, caçula do ex-presidente Lula, recebeu em sua empresa R$ 10 milhões que não se sabe bem a troco de quê.

A disparidade entre ricos e pobres no Brasil é uma das maiores do mundo. Em 2006, cerca de 5% dos mais ricos detinham 40% de toda renda do país. Em 2012, esses mesmos 5% passaram a abocanhar 44% da renda. Esse grau de desigualdade social continuou aumentando mesmo sob os governos do PT, ao contrário da propaganda enganosa do antigo governo.

Lula estava certo quando dizia que os ricos nunca ganharam tanto dinheiro como sob o seu governo. A verdade é que se destina ao pagamento de juros e encargos da dívida pública, em um ano, o equivalente ao gasto de 15 anos com o Bolsa Família. Ou seja, o governo paga a banqueiros e às pouquíssimas famílias ricas, em um ano, o que ele destina a 42 milhões de pobres em 15 anos.

Com a crise, para assegurar os lucros de banqueiros, empresários e dessa ínfima minoria de ricos e super-ricos, banqueiros, empresários e governos querem fazer os trabalhadores pagarem o pato. Vale tudo.

Demissões em massa
O desemprego subiu de novo. Segundo o IBGE, 1,5 milhões perdeu o emprego no último trimestre. Como se não bastasse, ainda tem o não pagamento de direitos, rebaixamento de salários, aumento de tarifas, cortes em educação, saúde e verbas sociais.

Aumentam a exploração de quem trabalha e o dinheiro de impostos que arrecadam, que saem também do bolso dos trabalhadores para pagar juros de agiota e remunerar os ricos detentores de títulos da dívida.

O governo Temer e seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estão propondo um teto de despesas, que implica num corte brutal de gastos públicos para aumentar ainda mais a fatia que vai para a dívida. Além disso, querem atacar as aposentadorias.

Enquanto isso, o estaleiro Inhaúma, que fica no bairro do Caju, no Rio de Janeiro, está prestes a fechar. Deu calote dos direitos nos trabalhadores e não pagou o que deve de PLR.

De um lado, um moleque burguês tem R$ 2 milhões em imóveis. De outro, milhões de trabalhadores que deixam o suor e o sangue no trabalho sendo explorados, ganhando pouco, estando a mercê do desemprego e ainda levando calote. E ainda tem o novo governo Temer (igualzinho o antigo da Dilma), esse Congresso e os patrões que querem atacar mais os debaixo, jogar a crise nas nossas costas.

Unificar as lutas e Construir a greve geral
No estaleiro Inhaúma, os trabalhadores se revoltaram e pararam a produção passando por cima, inclusive, do sindicato da CUT e da CTB que estavam de conluio com os patrões. Sua greve é forte e radicalizada.

Mas os operários do Inhaúma não são os únicos em luta por esse país afora. Tem luta por todo lado: de operários, professores, condutores, estudantes. Só no Rio Grande do Sul, há quase 200 escolas ocupadas pelos secundaristas. No Rio, no Ceará e em São Paulo, também é forte a luta das escolas. Também está lutando muito o povo pobre da periferia, os setores populares, os negros, as mulheres, que vão às ruas contra a cultura do estupro. Que país é esse em que uma menina de 16 anos é estuprada por 33 homens e ainda é culpabilizada?

Precisamos unificar as lutas, tomar as ruas e construir uma greve geral, parar o país e botar pra fora Temer e todos eles! Precisamos também acabar com esta política econômica que tira dos pobres para dar aos ricos.

Esse governo é fraco e pode ser derrubado da mesma maneira que podemos, pela luta, derrotar o desemprego e o arrocho e fazer com que os ricos paguem pela crise.

Para fazer avançar a luta, temos de apoiar as propostas de ação da CSP-Conlutas e ter iniciativas de mobilização, de unificação das lutas e generalizá-las para derrubar Temer, mas não pra Dilma voltar. Afinal, Dilma lá estava querendo fazer o mesmo que Temer.

Por outro lado, entidades, sindicatos e assembleias devem exigir que a CUT e as demais entidades venham, efetivamente, construir a greve geral.

Se seguirmos o exemplo da França, Temer cai. “Fora Temer, Fora Todos eles!” Eleições Gerais já, com novas regras. Com nossa mobilização, podemos construir uma alternativa dos de baixo. Um governo socialista dos trabalhadores formado por conselhos populares.