O presidente nacional do PSTU, José Maria de Almeida, acabou de falar em nome do partido no ato final da marcha.

Zé Maria iniciou sua fala com uma saudação aos povos árabes, que estão promovendo a derrubada de ditaduras no Norte da África. “Saudamos aqui os povos da Líbia, que estão prestes a derrubar um ditador sanguinário, mas terão que enfrentar também outra batalha, que a é de expulsar o imperialismo do seu país”, disse.

O dirigente também lembrou dos trabalhadores europeu “que lutam contra os governos que teimam em descarregar nas costas o peso da crise econômica.

Zé Maria lembrou que a situação do Brasil é diferente da Europa, pois o país ainda não vive uma crise, mas sim um crescimento econômico. “Mas eu pergunto: crescimento pra quem? Cadê o dinheiro dessa riqueza para a reforma agrária, educação, moradia, transporte. O crescimento é para os ricos, que batem recordes e recordes de lucros, enquanto os trabalhadores estão amargando salários baixos e um ritmo de trabalho infernal”, disse.

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Muito aplaudido, o dirigente concluiu: “É muito importante a unidade que construímos aqui. Viemos pra cá pra dizer que não aceitamos mais a continuidade dessa política econômica. É preciso parar de mandar dinheiro para os banqueiros. É preciso parar de pagar a dívida e usar esse dinheiro para um plano de obras públicas. É preciso estatizar os bancos”, concluiu.

A manifestação é parte da Jornada Nacional de Lutas, que realizou protestos importantes desde o dia 17, inclusive com fechamento de estradas e paralisações. A jornada é organizada pela CSP-Conlutas, Intersindical, MST, MTST, CONDSEF, Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre) entre outras entidades. O protesto é contra a política econômica do governo, por aumento geral de salário, em defesa da educação e da saúde públicas, pelo fim do Fator Previdenciário, por reforma agrária e redução da jornada de trabalho.