Vamos à luta cobrar do governo o atendimento das nossas reivindicações

Estamos chegando no dia 30 de agosto, e estão em curso os últimos preparativos para a paralisação nas categorias em todo o país. Até agora o governo – que vive repetindo que está ouvindo a voz das ruas – não se dignou sequer a responder às centrais sindicais que entregaram a pauta de reivindicações em reunião com a presidenta Dilma, ainda em junho.

O único gesto do governo foi acenar, em reunião com algumas centrais – as que o apóiam – a possibilidade de negociação sobre o Fator Previdenciário (que, sabemos todos, na visão do governo significa trocar o fator pela fórmula 85/95 ou 95/105). Se somamos isso à proposta de redação que o governo apresentou para o PL 4330, sobre as terceirizações (que atende todas as demandas dos empresários), temos que o governo quer fingir que negocia, sem no entanto, atender nenhuma reivindicação dos trabalhadores.

Por esta razão o momento é de fortalecer a mobilização. É de realizar uma grande paralisação em todo o país neste dia 30, para aumentar a pressão sobre empresários, governo e congresso nacional, pelo atendimento das nossas reivindicações. Esta é a principal tarefa no momento.

E, por isso mesmo é importante que a ela se lancem todos as centrais sindicais, sindicatos, movimentos populares, organizações estudantis, etc. É na união de todos, e na luta sem trégua contra o governo o modelo econômico vigente, que abriremos caminho para a conquista de nossas reivindicações.

Negociação ou enrolação para desmontar a mobilização?
O governo até agora não deu nenhum demonstração de que quer negociar seriamente com as organizações dos trabalhadores. Seja no caso do PL 4330, seja no caso do Fator Previdenciário, o que foi feito até agora não passa de jogo de cena. E só se engana com isso quem quer.

Por isso queremos deixar clara a nossa crítica à atitude da direção de algumas centrais que estão fazendo corpo mole na mobilização. Isso é inaceitável, pois configura um jogo de cartas marcadas com o governo para enrolar os trabalhadores. Não se pode diminuir o esforço de mobilização alegando uma negociação em nenhuma hipótese, pois é a mobilização que torna eficaz qualquer processo de negociação. Frente a esta enrolação do governo, menos ainda!

Mais uma vez insistimos: não há como apoiar o governo, contemplar empresários e defender os trabalhadores. O atendimento das reivindicações da nossa classe é incompatível com o modelo econômico aplicado pelo governo da presidenta Dilma e com os interesses do empresariado. As centrais sindicais precisam escolher de que lado estão.

Queremos novamente chamar as centrais que estão negociando o PL 4330 (CUT, Força Sindical e UGT) que saiam desta enrolação e somem-se à exigência de retirada ou rejeição deste projeto. Assim como queremos, desde já, cobrar das centrais que estão conversando com o governo sobre o Fator Previdenciário, uma posição clara pelo fim imediato desta lei, e não a troca deste mecanismo por outro que mantenha o prejuízo para a aposentadoria dos trabalhadores. E que nos lancemos todos, com força total, na mobilização dos trabalhadores.

Toda força na paralisação nacional de 30 de agosto!

Pelo atendimento das reivindicações da pauta trabalhista!