Zé Maria em Fortaleza
Giambatista Brito

Também foram apresentadas as pré-candidaturas de Gonzaga ao governo do Estado, Geraldo Mano Magela, para deputado estadual, e de Nestor Bezerra, para deputado federalNa última sexta-feira, dia 30 de abril, 140 pessoas, entre militantes, simpatizantes, ativistas e trabalhadores da base dos sindicatos da Conlutas, participaram do ato de lançamento das pré-candidaturas operárias do PSTU no Ceará, com a presença de José Maria de Almeida, nosso pré-candidato a presidente da República. O evento foi na quadra do Sindicato da Construção Civil de Fortaleza.

A chapa operária apresentada na quadra do sindicato é composta por Geraldo Mano Magela, para deputado estadual, Nestor Bezerra, para deputado federal, e Francisco Gonzaga para governador. Os três são membros da atual diretoria do Sindicato da Construção Civil.

Vale destacar o respeito que o sindicato e sua diretoria possuem não só na categoria como em todo o movimento operário e sindical cearense pelos seus mais de 20 anos de luta e pelas suas campanhas salariais tão combativas. A campanha deste ano foi encerrada no dia 26 de abril, após três meses de mobilização, arrancando um reajuste de quase 10% em alguns dos pisos da categoria. É esse histórico de luta e de radicalização que legitima a apresentação da chapa operária do PSTU como depositária da confiança de todos os lutadores do estado.

Magela foi o primeiro a falar. Ele convidou os presentes a abraçar a futura campanha do PSTU, abrindo comitês em suas casas, debatendo a necessidade de uma alternativa socialista não só nas eleições e, também, para conhecer o partido. Em seguida, Nestor usou a palavra para denunciar o papel da atual Câmara dos Deputados como um instrumento de destruição dos direitos dos trabalhadores.

Gonzaga fechou a sequência das falas das pré-candidaturas cearenses. Ele fez um balanço do atual governo do Estado. Gonzaga falou da importância de unir os trabalhadores contra os patrões. “Nas nossas lutas do nosso dia-a-dia é sempre trabalhador de uma lado, patrão do outro, pois nas eleições também tem que ser assim, trabalhador de um lado e patrão do outro”, disse.

A última fala da noite foi de Zé Maria, que explicou a necessidade de os trabalhadores chegarem ao poder para resolver seus problemas. Zé também lamentou o fato de a frente de esquerda não ter sido possível: “O ideal seria que nós pudéssemos unir os três partidos da esquerda socialista brasileira que estão no campo da oposição ao governo Lula pra apresentar uma candidatura só. O PSTU tentou promover essa frente de esquerda classista e socialista com PSTU, PSOL e PCB. Infelizmente essa frente não ocorreu. Não chegamos a um acordo em relação ao programa e tampouco a um acordo sobre o tema do financiamento da campanha. Não há como fazer uma campanha financiada por empresas ou empresários.”