Na tarde desta quarta-feira, dia 4, na apresentação ao plenário da tese do MTS ao 8º Concut, Zé Maria fez um chamado à unidade da esquerda cutista para lutar por uma CUT combativa, classista, autônoma e independente do governo, fundada há 20 anos.

Zé Maria, que apresentou a conjuntura internacional e nacional, basicamente com a intensificação da ofensiva imperialista e, no Brasil, as expectativas do povo com a vitória de Lula, falou do principal desafio posto à Central neste congresso: manter sua independência e continuar na luta em defesa dos trabalhadores ou tornar-se uma central “chapa branca“, braço sindical do governo de Lula.

Apesar da reforma da Previdência ser tema de discussão apenas na sexta-feira, o debate teve início nesta quarta, com grande polêmica. O MTS e o MES, cederam parte do seu tempo de apresentação de tese para representantes dos servidores públicos falarem sobre a proposta de emenda à Constituição enviada pelo governo ao Congresso.

Luiz Carlos Gonçalves Lucas, professor da Universidade Federal de Pelotas e presidente do ANDES falou da reforma da Previdência como parte de uma política geral do imperialismo, já aplicado por exemplo no Chile, onde se chegou à privatização total da Previdência, precarizando o atendimento ao trabalhador.

Lucas disse que este é um ataque a todos os trabalhadores, não só aos servidores, e chamou a unidade de todos os delegados do congresso a entrar na luta contra esta reforma e a participação no ato dos servidores no próximo dia 11 de junho, em Brasília.

Já João Antonio Felício, atual presidente da CUT, falou pela Articulação Sindical e defendeu que a central mantenha uma relação com o governo “diferente“ do que foi durante o governo de Fernando Henrique. Felício ainda defendeu as propostas de reformas da Previdência e Tributária.

No total foram apresentadas nove teses das correntes políticas da CUT: MTS, ASS, CSC, Articulação de Esquerda, Articulação Sindical, MES, CSD, TM e O Trabalho.