Após a fundação da nova entidade, a discussão foi sobre o caráter e a direção da ConlutasNo debate sobre quem deve compor a entidade, houve seis propostas: definir a Conlutas como uma fração revolucionária da CUT; constituir a nova entidade com um caráter mais amplo, incorporando movimentos sociais, setores não-organizados da classe trabalhadora e entidades do movimento estudantil; definir a Conlutas como central de trabalhadores; criar a Cocep (Central Operária, Camponesa, Estudantil e Popular); definir uma central tipo soviética; definir a Conlutas como central sindical.

A ampla maioria decidiu pela segunda proposta. Não somente os trabalhadores têm onde se organizar: numa decisão histórica, participarão da nova entidade movimentos dos sem-terra, estudantes, movimentos sociais e setores não-organizados da classe.

Sobre a direção, foram defendidas apenas duas propostas. Alguns companheiros defenderam que esse congresso deveria eleger uma direção, respeitando a proporcionalidade da votação. Entretanto, a proposta votada foi a de que a Conlutas, nesse atual estágio, deveria ter na sua coordenação nacional representantes de cada entidade que a compõem. O entendimento foi de que essa é a única proposta que garante uma real representação das minorias dentro da entidade.