Começou oficialmente a campanha eleitoral deste ano, com a propaganda na TV. Tempo de escolher um caminho. Tempo de evitar enganos.

A eleição é uma farsa da democracia dos ricos. Uma farsa para passar a idéia de que o povo pode decidir os rumos do país. E não decide nada. As cartas estão marcadas, os resultados já são conhecidos antes que se abram as urnas.

Isso ocorre em primeiro lugar porque no horário eleitoral não haverá um real debate nos programas dos candidatos. O que se vai ver é, mais uma vez, a propaganda enganosa em que os candidatos dizem o que os marqueteiros (pagos a peso de ouro) mandam. Com pesquisas que indicam o que o eleitor quer ouvir, os marqueteiros orientam as promessas dos candidatos: “Vote em mim que transformarei a cidade e resolverei os problemas”. Essas promessas não têm nada a ver com a realidade, e não serão lembradas caso o candidato vença as eleições. São usadas, friamente, as mesmas técnicas usadas para vender desodorantes e sabonetes.

Em segundo lugar, os partidos do governo (PT, PCdoB, PSB, PDT, PP) e da oposição burguesa (PSDB, DEM) vão mostrar uma falsa polarização entre eles. Na verdade, existe um grande acordo em relação ao plano econômico que está sendo aplicado e aos métodos corruptos de se fazer política. A disputa é para ver quem ocupa o aparelho de Estado.

Em terceiro lugar, o poder econômico corrompe todo o processo eleitoral. As grandes empresas financiam as campanhas dos grandes partidos. Depois cobram a fatura com negociatas milionárias com os governos e parlamentares eleitos.

Há vários anos, existe um sentimento generalizado de repúdio aos “políticos”. No entanto, no fim das contas, o povo acaba por votar no “menos pior”. E as coisas seguem piorando. Uma certa descrença de massas envolve as eleições em uma frieza a cada ano maior.

O que está por trás de tudo isso é que o desgaste da democracia dos ricos é bem maior que a construção de uma alternativa revolucionária. Não existe um grande levante revolucionário de massas. O descrédito se amplia. Mas, como não existe um poder alternativo, a democracia dos ricos se impõe. O povo vota, os partidos majoritários ganham as eleições e mais uma vez, traem as esperanças do povo.

É hora de mudar
Está na hora de buscar um caminho distinto. O PSTU quer seu voto e seu apoio. Não basta “repudiar os políticos”. É preciso apoiar uma nova forma de fazer política, distinta. Uma política dos trabalhadores contra a política da burguesia.

Não disputar este espaço aberto com as eleições é deixar que os que mandam neste país desde sempre continuem mandando.

Você não verá na propaganda do PSTU nestas eleições promessas do tipo “vote em mim que eu resolvo os problemas da cidade”. Verá propostas de luta para que os trabalhadores se mobilizem por suas reivindicações, a única maneira de realmente começar a mudar o país. Agora, por exemplo, estaremos apoiando as campanhas salariais dos trabalhadores.

Você não verá o PSTU sendo apoiado pelas empresas ou usando dinheiro da corrupção. Nossas campanhas eleitorais são garantidas pelo apoio material dos trabalhadores que simpatizam com nossas idéias.

Você não verá o PSTU coligado com partidos da burguesia. Lançamos candidaturas próprias em várias cidades e fazemos uma frente de esquerda com o PSOL em outras.

Você verá os candidatos de nosso partido utilizando seu tempo de TV para apoiar as lutas que estiverem ocorrendo. Você verá nossos candidatos defendendo o socialismo.

Essas candidaturas – de trabalhadores em lutas – serão independentes da burguesia e de seus partidos. Só terão algum impacto real caso os ativistas de todo o país se juntarem aos militantes do PSTU para fortalecer nossa campanha.

Post author Editorial do Opinião Socialista nº 350
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