CSP Conlutas

Central Sindical e Popular

CSP-Conlutas (RJ)

No mesmo dia em que as cúpulas de seis das nove centrais sindicais anunciavam o desmonte da Greve Geral do dia 5, os metroviários do Rio de Janeiro derrotavam politicamente o grupo que dirigia o sindicato.

A eleição para a renovação da direção, que ocorreu nos dias 28, 29 e 30 de novembro, teve como vitoriosa a Chapa 2 – Oposição Muda Sindicato Nos Trilhos da Luta. Votaram 598 metroviários, sendo 573 votos válidos. A Oposição obteve 330 votos enquanto a chapa da situação 243.

Os trabalhadores disseram “não” para uma direção que foi incapaz de buscar medidas e políticas de mobilização para obrigar o governo a garantir um serviço de transporte coletivo público e de qualidade. A rejeição na base à Chapa 1 também se explica pelo fato da turma do sindicato se recusar a organizar a luta por melhores condições de salários e trabalho dos metroviários.

Os trabalhadores disseram “não” para uma direção que, além de dilapidar o patrimônio da categoria, ainda mantinha relações de apoio com a quadrilha do PMDB, com os patrões e tubarões que controlam o transporte coletivo carioca e fluminense. Os governadores, apoiados pela turma que dirigiu o sindicato por seis anos, estão presos por corrupção e desvio de verbas públicas.

Os trabalhadores que construíram, contra todas as manobras da burocracia que dirigia o sindicato, a Oposição Chapa 2 estão de parabéns. Mostraram que é possível apresentar à categoria uma alternativa de direção de luta para o SIMERJ. Uma direção que vai garantir a independência de classe. Também estão de parabéns cada um dos trabalhadores que votou nessa chapa. Sabemos que havia muita simpatia da direção, tanto da MetroRio quanto da RioTrilhos, em relação à Chapa 1.

A Secretaria Executiva Estadual da CSP-Conlutas do Rio de Janeiro apoiou a Chapa 2 – Oposição Muda Sindicato – Nos trilhos da luta e entende que essa vitória dos trabalhadores metroviários trata-se de uma vitória do conjunto de toda a classe.

Agora é potencializar essa vitória. É necessário preparar as lutas e mobilizações para impedir os ataques dos patrões e dos governos.

Agora a Chapa 2 pode colocar todo o aparato do sindicato, construído com grande esforço por cada metroviário, a serviço da defesa intransigente dos interesses dos trabalhadores e buscar a unidade com as demais categorias para manter e ampliar direitos.