A burguesia e seus defensores afirmam que a queda da URSS significou o fracasso final da “utopia socialista” e o triunfo do capitalismo, que teria demonstrado ser um sistema econômico-social superior.

No entanto, uma observação objetiva do mundo que este “capitalismo vitorioso” nos oferece nos permitirá constatar rapidamente como crescem a pobreza e a miséria, inclusive nos EUA, o país mais rico do mundo, junto com suas seqüelas de fome, desnutrição infantil e degradação da vida humana. Além do fato de que, para assegurar seu domínio, o imperialismo apela cada vez mais às invasões coloniais e às guerras genocidas, como ocorre no Afeganistão, Haiti ou no Iraque. Ao mesmo tempo, sua ganância por lucros ameaça a própria natureza e a vida no planeta.
Na Rússia, e na maioria dos ex-estados operários, a restauração capitalista e a destruição das conquistas de Outubro, como em saúde, alimentação, moradia, significaram uma gigantesca catástrofe social. Isso se expressa na queda de seis ou sete anos na expectativa de vida média da população russa desde a desaparição da URSS.

Se essa perspectiva é o melhor que o “capitalismo vitorioso” pode oferecer, se esse é o ponto máximo de desenvolvimento social que pode alcançar a humanidade, se não somos capazes de superar o atual estado de coisas, então, o futuro da espécie humana será totalmente trágico e sombrio. A vitória definitiva do capitalismo significaria, na realidade, uma trágica derrota. Hoje está mais viva do que nunca a alternativa formulada por Rosa Luxemburgo: “Socialismo ou Barbárie”.

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