Em 2008, os operários da GM voltaram a dar um exemplo de luta, mostrando o que é possível ao unir disposição de luta com uma direção combativa. Os metalúrgicos derrotaram a tentativa da multinacional de impor o banco de horas na planta da cidade, uma das únicas que ainda não conta com a medida.

A direção da empresa tentou chantagear os operários, condicionando a contratação de 600 novos trabalhadores à adoção do banco de horas. Diante da recusa dos metalúrgicos em aceitar a medida, a multinacional articulou uma ampla frente contra os trabalhadores, aliando-se a imprensa, prefeitura, câmara municipal e Igreja. A frente patronal tentou jogar a população contra os metalúrgicos, apontados como responsáveis pelo desemprego.

Foram meses de uma luta dura, travada no interior da fábrica e na sociedade. O sindicato, junto à Conlutas, impulsionou manifestações públicas e uma campanha informativa, aos trabalhadores e à população em geral, mostrando que flexibilização não gera empregos, mas o contrário. Teve que enfrentar a própria CUT, que apoiava a empresa.

Por fim, os metalúrgicos finalmente derrotaram o banco de horas. A vitória teve repercussão nacional e mostrou que é possível derrotar a flexibilização, revelando ainda o papel cumprido pela CUT.

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