Pré-candidata do PSTU à Presidência, Vera. Foto Romerito Pontes

Uma das maiores provas de que não somos um país independente é o controle direto da nossa economia pelas multinacionais por meio das privatizações, processo que ganhou maiores proporções no governo de FHC (PSDB), seguiu com os governos do PT (Lula e Dilma) e continua com o vampiro Temer (MDB).

Há um avanço na recolonização do Brasil. Hoje, a produção está nas mãos de 100 empresas que, em 2016, faturaram R$ 2,6 trilhões, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto), que expressa a produção de riqueza no Brasil, chegou a R$ 6,2 trilhões.

Dessas 100 empresas, 39 produzem produtos primários, revelando a recolonização que o país sofre desde 1990 com o neoliberalismo. Isso leva a uma quebra da indústria de alta tecnologia e a investimentos no agronegócio, na mineração e na produção de energia para alimentar o desenvolvimento dos países imperialistas, que compram produtos básicos baratos, industrializam nos centros metropolitanos e vendem de volta para o Brasil com preço alto. Exportamos petróleo cru barato e importamos derivados caros.

Retrocedemos aos tempos coloniais, como foi na maior parte do nosso passado. Voltamos a ser grandes exportadores de alimentos e matérias-primas. Temer é submisso a essa política. Por isso, impõe um ajuste que mira a retirada dos direitos dos trabalhadores, aprovou a reforma trabalhista e tenta a todo custo aprovar a reformar da Previdência. Segue com a política de privatizações, entregando empresas brasileiras como a Petrobras e Eletrobras às multinacionais. Sem falar que paga religiosamente os juros da dívida pública aos banqueiros, cortando recursos que deveriam ser aplicados em saúde, educação, segurança pública e transporte.

A burguesia nacional é cúmplice da espoliação de nossas riquezas, vive das migalhas do imperialismo e não é capaz de enfrentá-lo.

A única forma de mudar, de fato, a realidade do país e conquistar uma verdadeira soberania é por meio de uma ruptura com os banqueiros e com as multinacionais. Por isso, estamos fazendo um chamado à rebelião, na qual a classe trabalhadora organizada exproprie os bancos, as grandes empresas e as multinacionais, colocando-as sob controle dos trabalhadores; que reestatize as empresas privatizadas ou as estatais com ações negociadas na Bolsa de Valores, como a Petrobras; que exproprie o grande latifúndio e o agronegócio, entregando-os aos trabalhadores para que sejam produzidos alimentos baratos para a população, e não para o mercado internacional.

Isso só é possível com um governo socialista dos trabalhadores, baseado em conselhos populares. Só com a classe trabalhadora organizada, com a classe operária à frente, é possível ter uma verdadeira independência.

UM CHAMADO À REBELIÃO
Vera & Hertz pelo Nordeste

DA REDAÇÃO

Vera Lúcia, pré-candidata à Presidência da República pelo PSTU, realiza uma série de atividades pelo Nordeste. Ao lado de Hertz Dias, pré-candidato a vice, até o dia 20, Vera passará por oito estados nordestinos.

“Hertz e eu formamos uma chapa operária, negra e nordestina. Nesta passagem pelo Nordeste, vamos conversar com o povo pobre, negro e trabalhador da nossa região, apresentar nosso manifesto e fazer um chamado à rebelião. Somos um povo de luta, um povo que resiste diariamente. Nossos sonhos e nossas esperanças não cabem dentro de uma urna eletrônica. Por isso, nossa tarefa é organizar os de baixo, pois as mudanças necessárias virão com lutas e mobilizações”, afirma Vera Lúcia.

Giro
São Luís (MA), cidade de Hertz, foi a primeira capital do giro pelo Nordeste que começou no dia 3. Vera e Hertz concederam entrevistas a vários programas de rádio, TV, sites e jornais impressos. Na noite do dia 4, dezenas de trabalhadores e trabalhadoras, ativistas dos movimentos sociais e de juventude, compareceram ao auditório do IFMA – Monte Castelo para a apresentação do manifesto “Um chamado à Rebelião! Um projeto socialista contra a crise capitalista” e o lançamento das pré-candidaturas.


Da esquerda para direita: Luciana Correa (Preta Lu), Hertz, Vera, o pré-candidato ao governo do Maranhão, Ramon Zapata, a pré-candidata a vice Nicinha Durans, e o pré-candidato ao Senado, Saulo Arcangeli

O professor Ramon Zapata é o pré-candidato a governador do Maranhão ao lado da universitária Nicinha como vice. A cantora de hip hop Preta Lu e o servidor público Saulo Arcangeli foram apresentados como pré-candidatos ao Senado.

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