A 12º edição do Grito dos Excluídos, em Porto Alegre, reuniu cerca de 600 pessoas. Participaram os candidatos do PSTU a deputado, Julio Flores e Davi Dietrich, e Vera Guasso, também do PSTU, candidata ao Senado, representando a Frente de Esquerda. Os manifestantes se concentraram no centro da cidade, de onde seguiram em caminhada até o Parque Farroupilha.

A Conlutas participou da manifestação com uma coluna expressiva, cuja faixa de abertura trazia a frase “Abaixo o Pacto contra o Rio Grande”, referindo-se ao recente acordo entre o governo do estado e a Assembléia Legislativa. Foram distribuídos os jornais da entidade, denunciando o mais novo ataque do governo federal aos direitos trabalhistas, o Super Simples.

Infelizmente, repetiu-se um sério erro dos organizadores: o de tentar impedir que os partidos participem de forma orgânica da marcha, com suas bandeiras. Ao contrário do PT, que abandonou as lutas, o PSTU e outras organizações atuam no movimento, priorizando a ação direta dos trabalhadores e da juventude. Essa postura reforça a despolitização presente na organização do Grito dos Excluídos e, também, uma concepção política.

Para Vera Guasso, faltou uma definição a respeito do rumo que o Brasil deve seguir. “Infelizmente, o ato não criticou o governo Lula, se restringindo às bandeiras críticas ao governo do Estado e ao modelo econômico. É preciso dizer que quem aplica esse modelo é Lula e apontar saídas”, disse Vera. Também não estavam entre os eixos oficiais do Grito as lutas contra os ataques de Israel ao Líbano e demais conflitos no Oriente Médio, patrocinados pelos Estados Unidos.