Manifestantes queimam bonecos de Lula e do prefeito de Campinas
PSTU Campinas

No dia sete, na maioria das cidades do país, ocorreram atos, no tradicional Grito dos Excluídos. Apesar da intenção das entidades que organizam o protesto, como as pastorais e o MST, de preservar o governo, Lula foi vaiado na maioria. Como em Brasília, onde o presidente, mesmo com aplausos, escutou músicas de protestos e viu faixas como a do PSTU, pelo Fora Todos!. O partido foi às ruas na maioria das cidades, como São Paulo, Porto Alegre e Niterói (RJ), diferenciando-se das entidades governistas e defendendo uma saída dos trabalhadores para a crise e uma segunda independência do país.

Veja abaixo alguns dos informes das manifestações, enviados por militantes do partido.

  • CAMPINAS (SP)
    Por Marcos Margarido

    `FaixaO Dia dos Excluídos em Campinas reuniu cerca de mil pessoas e contou com coluna animada e combativa da Conlutas com 100 ativistas dos movimentos sindical, popular e da juventude, que fizeram uma grande agitação contra a corrupção do governo Lula, do Congresso e da oposição burguesa, polarizando com os participantes das pastorais católicas, que tinham como tema: “Brasil – a mudança em nossas mãos“.

    A passeata percorreu a Rua Francisco Glicério, no Centro, e terminou no tradicional Largo do Rosário, em frente ao palanque oficial, onde estavam o prefeito Dr. Hélio (PDT) e representantes do PCdoB e do PT, que integram seu governo.
    Ao final do ato, o carro de som da Conlutas anunciou a queima dos bonecos do Lula e do Dr. Hélio, juntando grande número de populares, que apoiaram esta iniciativa cantando junto com palavras de ordem como “Ô Lula, que papelão, o seu governo tá pagando mensalão“.

    Segundo o “Correio Popular“, principal jornal da cidade, a Conlutas causou uma desagradável surpresa ao prefeito, obrigando seus seguranças a retirá-lo às pressas do local.

    Enquanto os bonecos eram queimados, ocorria o ato oficial do Grito dos Excluídos, com a participação do PT, da CUT e das pastorais, cujos oradores, indignados com a queima dos bonecos, afirmavam que ali estava o ato do “sim ao Lula“.

  • SANTOS (SP)

    Felipe Aron

    `FaixaNo fim da tarde do dia 7, a Frente dos Estudantes de Santos (FES), ligada à Coordenação Nacional de Lutas dos Estudantes, organizou seu primeiro protesto, em uma das mais simbólicas praças de Santos (SP), a da Independência.

    Com palavras de ordem como “Oh UNE, que traição, foi pra Brasília apoiar o mensalão!“, “Oh Lula, a cupa é tua! Por isso mesmo a juventude tá na rua!“ ou “É Lula lá, é Papa aqui, com a política do FMI“, dentre outras e com aproximadamente 50 manifestantes, sendo a maioria de estudantes, o ato foi um despertar na cidade que chegou a ser chamada de “Barcelona brasileira“ em alusão à Guerra Civil espanhola. Criatividade também não faltou: cuecão de dólares, cartolas, além de faixas, bandeiras e cartazes.

    Por volta das 18h3o, tomaram as ruas do bairro do Gonzaga e então, a avenida da praia, seguindo até uma outra praça, onde ocorreu a primeira Plenária da FES. Muitos veículos de imprensa acompanharam o protesto como a TV Bandeirantes e o jornal A Tribuna.

  • MACEIÓ (AL)
    Por Ana Lins

    `AtoO Grito dos Excluídos da Conlutas foi realizado a partir das 10h, no Terminal Rodoviário de Benedito Bentes, no maior bairro operário de Maceió. Estavam presentes o PSTU, o P-SOL, a Oposição do Sinteal, o Sindipetro AL/SE. Entre as cerca de 60 pessoas haviam muitos jovens: secundaristas de várias escolas e cursinhos e os universitários, entre eles muitos que participavam do ENECOM (Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação), que está sendo realizado em Maceió, até o dia 11 de setembro, na UFAL.

    A mobilização foi de vanguarda mas bastante representativa. Todas as falas do ato iam no sentido de dar continuidade à Marcha de Brasília com atos contra a Corrupção, a política econômica do governo, pelo Fora Todos!.

  • VITÓRIA DA CONQUISTA (BA)

    Por Rogério Castro

    Trabalhadores, jovens e desempregados de Vitória da Conquista (BA), mostraram, mais uma vez, nas ruas, o seu repúdio à corrupção que assola o governo Lula e o Congresso Nacional. Partidos da oposição, como o PSTU e o PSOL, e sindicatos e entidades locais, como o SIMMP e o DCE da UESB), promoveram uma grande manifestação contra a corrupção, as reformas neoliberais e a política econômica de Lula/FMI. A militância do PSTU conclamou os trabalhadores a entoarem o “Fora Todos! O Governo Lula, o Congresso, o PT, PFL, PSDB…“, propondo a intensificação da luta nas ruas, o apoio as campanhas salariais e as greves dos servidores, além de denunciar a tentativa de “acordão“ que está sendo costurada pelo PT/PCdoB e o PFL/PSDB para dar fim a crise.

    `PasseataO que se viu nas ruas de Vitória da Conquista foi uma boa disposição para a luta. Portando malas, cuecas recheadas de dinheiro, cartazes e faixas, os manifestantes seguiram até o palanque oficial, onde estavam o prefeito José Raimundo Fontes (PT) e outras lideranças petistas. Na passagem dos “excluídos“, num ato covarde, os petistas promoveram um abafa ao clamor das ruas aumentando o volume do som oficial. Em resposta, trabalhadores e estudantes atearam fogo na quadrilha do “mensalão“, em bandeiras do PT e num boneco de Lula, numa demonstração de repúdio total à corrupção do governo e do Congresso, assim como a traição de Lula e do PT.

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