Em Belo Horizonte, está surgindo uma coligação que deve ser um ensaio para as eleições presidenciais de 2010. O PT está se coligando com o PSDB em uma frente, com um político do PSB encabeçando a chapa. As negociações envolveram o próprio governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves, apontado como um dos presidenciáveis.

Para oferecer uma alternativa de classe aos trabalhadores, PSTU e PSOL se uniram nestas eleições. O Opinião Socialista conversou com Vanessa Portugal, da direção estadual do PSTU, candidata a prefeita pela Frente de Esquerda.

Opinião Socialista – Como se formou a Frente de Esquerda em Belo Horizonte?
Vanessa Portugal
– A frente se formou entre PSTU e PSOL, contra a aliança que está sendo costurada entre PT e PSDB. Será uma alternativa dos trabalhadores para estas eleições. Serei a candidata a prefeita e o candidato a vice será do PSOL. Os candidatos a vereadores serão proporcionais. Infelizmente, o PCB deve apoiar o candidato do PDT, Sérgio Miranda. Já o PCdoB vai querer se aproveitar da aliança entre PT e PSDB e se colocar como alternativa de esquerda. Acontece que o candidato deles, a deputada federal Jô Moraes, não tem nenhuma diferença. Além de ser base do governo Lula, ela votou a favor da nova CPMF.

Qual é o programa que a frente terá em BH?
Entre o final de julho e o início de agosto realizaremos uma plenária para definirmos os detalhes do programa. Mas os princípios serão aqueles que definiram a formação da Frente de Esquerda nas eleições de 2006. Um programa anticapitalista que indique uma saída dos trabalhadores para os principais problemas enfrentados pela população.

Como deve ser a campanha eleitoral da Frente de Esquerda?
Vai ser uma campanha em defesa de um governo dos trabalhadores, que discuta o que representam os projetos do PT e do PSDB, que não são diferentes entre si. Prova maior disso é a aliança que fazem aqui. Vamos discutir também os principais problemas do país, apesar de ser uma eleição municipal. Uma cidade não vive isolada, está dentro de um estado, que faz parte de um país. Será uma campanha voltada aos trabalhadores, em seus locais de trabalho, nas portas das fábricas, nas escolas, alcançando também a juventude.

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