Metalúrgicos de São José dos Campos, Campinas, Limeira e Santos decidiram em uma plenária neste sábado, dia 30, intensificar a mobilização da Campanha Salarial 2008. A partir da próxima semana terá início uma “escalada de greves” nas indústrias para pressionar os patrões, que não avançaram nas propostas durante as negociações.

Na última rodada de negociação realizada nesta sexta, dia 29, com as montadoras, a reunião terminou em impasse. As empresas ofereceram apenas 0,5% de aumento real, muito abaixo da reivindicação dos trabalhadores.

Nos últimos dias, trabalhadores da GM, Eaton, TI do Brasil, Swissbras, Gerdau, Emerson e de pequenas fábricas das Chácaras Reunidas já começaram a aumentar a mobilização, realizando paralisações de até duas horas. A partir de agora, começarão as greves. Diariamente, fábricas serão paralisadas nas quatro cidades.

Os Sindicatos dos Metalúrgicos de São José, Campinas, Limeira e Santos fazem uma campanha salarial unificada, reunindo cerca de 130 mil trabalhadores.

A categoria reivindica reajuste de 18,83%, referente reposição da inflação e aumento real, aumento do piso salarial, redução da jornada de trabalho, sem redução de salário e gatilho salarial a cada vez que a inflação alcançar 3%.

“É inadmissível que num momento tão favorável da economia para as empresas, que estão obtendo lucros recordes, como as montadoras, os patrões mantenham-se inflexíveis às nossas revindicações. A luta nas fabricas vai aumentar, porque só assim os patrões vão ouvir os trabalhadores”, afirma o diretor do Sindicato, Vivaldo Moreira.

Passeata
Antes da plenária, realizada no Sindicato dos Metalúrgicos de São José, trabalhadores dos quatro sindicatos realizaram uma passeata pelas ruas do centro de São José. Participaram do protesto cerca de 150 pessoas. Com caminhão de som, faixas e bandeiras, os sindicatos falaram sobre as reivindicações da categoria, e de problemas que voltam a afetar a população como a alta no preço dos alimentos e a volta da inflação.