Encontro nacional pretende unificar e potencializar as lutas contra os ataques à educaçãoNo próximo sábado, 16 de junho, a partir das 9h, acontece, em São Paulo, a Plenária Nacional dos Estudantes em Luta. A atividade, que deve receber estudantes de todo o país, acontece na reitoria da USP, que está ocupada desde o dia 3 de maio.

A idéia de realizar um encontro nacional surgiu, primeiramente, numa assembléia de estudantes da Universidade de São Paulo. a ocupação da USP foi o primeiro movimento a convocar o encontro, mas logo somaram-se a Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes (Conlute), o Fórum Nacional de Executivas de Cursos e a Frente de Luta contra a Reforma Universitária.

A ocupação da reitoria da USP ganhou repercussão nacional e internacional e chamou a atenção para os problemas da educação no país. É uma exigência cada vez mais urgente do capital que a educação seja transformada em mercadoria, que deixe de ser responsabilidade do Estado, para o qual representa um “gasto”, e passe a ser “comprada” por uma minoria, inviabilizando o acesso aos que não têm condições materiais.

Assim, diante de inúmeros ataques por parte dos governos estaduais e do governo Lula – sobretudo com a reforma universitária – os estudantes se organizam para resistir. Para o estudante Emiliano Soto, da Conlute, que está envolvido na preparação da Plenária, o movimento que iniciou em são Paulo marca um novo momento para o movimento estudantil.

“O processo de luta da USP polarizou o movimento estudantil nacionalmente e vai culminar com a plenária”, disse Soto. “É preciso, agora, unir as lutas que estão acontecendo em todo o país e debater a sua continuidade, os rumos do movimento estudantil diante da falência da UNE”, concluiu.

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