A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) acaba de anunciar a demissão de cinco diretores do Sindicato dos Metroviários. Paulo Pasin, vice-presidente da entidade, e os diretores Alex Fernandes, Ronaldo, Ciro Morais e Pedro Agustinelli participaram da construção da paralisação da manhã desta segunda-feira. Os três primeiros são ligados à Conlutas.

Eles tinham estabilidade no emprego garantida por serem parte da direção executiva da entidade e representantes da categoria eleitos por ela. Foram demitidos por justa causa. Não restam dúvidas de que se trata de um ato político. Os trabalhadores receberam a notícia no fim do dia, por mensagem veiculada pela rede interna de comunicação do Metrô.

O sindicato convocou a categoria para uma assembléia no dia 24 de abril, quarta-feira próxima, para decidir que ações serão implementadas para exigir revogação das demissões.

Os metroviários protestavam contra a Emenda 3 e contra as reformas neoliberais, que, entre outras coisas, acabam com o direito à greve. As demissões dos companheiros não são casuais ou isoladas. O Metrô, ao demitir os sindicalistas, da uma amostra do que está por vir.

Num momento em que Lula fala em “restringir greves”; que tenta oficializar a informalidade no trabalho com a Super-Receita; que ameaça retirar férias, 13º, FGTS, licença maternidade, etc., com a reforma sindical e trabalhista; essa arbitrariedade só pode ser vista como parte da movimentação dos patrões para impedir que a classe trabalhadora se manifeste e lute por melhores salários e melhores condições de vida, para que não sejam ameaçados os lucros da burguesia.

O PSTU repudia esta tentativa de cercear o movimento legítimo dos trabalhadores e se coloca ao lado dos companheiros na luta contra o Metrô de São Paulo e contra qualquer ataque que os metroviários possam sofrer, exigindo a revogação imediata das demissões.