Professores, funcionários e estudantes de universidades públicas em todo o país estão paralisando suas atividades contra a crescente precarização do ensino público. Quase duas dezenas de universidades federais já estão paradas. Na pauta, os grevistas reivindicam reajuste, abertura imediata de concurso para suprir a altíssima carência de professores e funcionários, além de mais recursos para as instituições de ensino.

A greve das universidades federais soma-se à do funcionalismo público. No último dia 30 de agosto, foi estabelecido o Comando Nacional de Negociação, que reúne o Andes Nacional (Sindicato dos Docentes das Universidades Públicas), o Sinasefe (Sindicato dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional), a Fasubra (Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Universidades), Assibge (Sindicato dos Trabalhadores do IBGE) e a Fenasps (Federação de Sindicatos da Previdência Social).

São Paulo: greve contra o veto de Alckmin
Em São Paulo, o governador tucano Geraldo Alckmin enfrenta uma forte greve nas universidades estaduais. A Assembléia Legislativa aprovou na Lei de Diretrizes Orçamentárias o aumento das verbas da Educação, dos atuais 30% para 31%, o que poderia garantir um aumento de R$ 470 milhões para a área em 2006.

Mesmo sendo esse aumento extremamente insuficiente, Alckmin vetou a medida. Docentes, funcionários e estudantes da USP, Unicamp e Unesp lutam agora para derrubar o veto. No dia 30, os estudantes ocuparam a Assembléia Legislativa (Alesp), repetindo o ato no dia 10 de setembro, quando promoveram uma grande passeata nas ruas da capital paulista, entoando “Lula lá, Geraldo aqui, e a verba vai pro FMI”.

A bancada governista manobrou e impediu a votação da derrubada do veto. O movimento, no entanto, prossegue e procura agora expandir-se nas unidades que ainda não estão paralisadas.

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