A unidade é importante? Sim, muito importante. Mas depende com quem. Em alguns casos unir é fundamental, em outros é necessário separar.

É hora de unir a esquerda nas lutas. Unir nas greves e ocupações de terras, unir na construção da Conlutas. É hora de unir a esquerda nas eleições de outubro, numa Frente Classista e Socialista.

É preciso separar os trabalhadores da burguesia. Separar os trabalhadores da oposição de direita e também de Lula, que governa para a burguesia.
O governo Lula e a patronal se utilizam da CUT e da Força Sindical para evitar ou derrotar as greves, e aprovar as reformas neoliberais, como a reforma da Previdência. Existe muita insatisfação nas bases, mas esta bronca pode se dispersar, caso não se construa uma alternativa a estas centrais.
O Congresso Nacional dos Trabalhadores (Conat), convocado pela Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), é uma proposta de unificação para todos os setores que queiram lutar pelos interesses dos trabalhadores, independente de filiação partidária. Estarão presentes dirigentes sindicais e ativistas do PSTU, do P-SOL, do PT e independentes. O elemento comum a todos eles é querer lutar contra a patronal e o governo, e não hesitar em dar um passo histórico: construir uma nova entidade para o movimento de massas no País.

Já começaram a ocorrer as assembléias de eleição de delegados para o Conat, que vão ganhar força neste final de março e início de abril. Agora é hora de construir o Conat pela base!

Alckmin é o candidato da direita tradicional, de uma parte dos banqueiros, industriais e latifundiários. Caso ganhe, seria a volta do governo FHC, com todo o seu desemprego, arrocho salarial e corrupção.

Mas Lula também não governa para os trabalhadores, e sim para os banqueiros. Não foi por acaso que estes, na eleição passada, deram mais dinheiro para o PT (R$ 7,9 milhões) do que para o PSDB (R$ 4,1 milhões), e depois conseguiram lucros recordes em 2005 (R$ 28,6 bilhões).

Por isso, o PSTU está propondo uma Frente Eleitoral Classista e Socialista para as eleições de outubro. Isso significaria unir o P-SOL, PSTU, PCB numa frente, chamando ainda a Consulta Popular e o MST a romperem com o governo e virem se somar.
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