Uma das principais características da Conlutas foi sua construção a partir da unidade entre os lutadores do movimento operário, sindical, popular, estudantil, aposentados e os setores oprimidos.

Temos que fortalecer essa unidade para impulsionar as lutas. O avanço do capital, o desemprego, e o aumento da pobreza e miséria fizeram com que povo se organizasse também por fora das categorias tradicionais dos trabalhadores, em importantes movimentos sociais e populares, como os sem-terra e sem-teto, entre outros.
A luta por terra e moradia, desta forma, ganha importância, ao lado das salariais e por direitos trabalhistas. Além disso, ataques como a reforma da Previdência, o salário mínimo de fome e a destruição dos serviços públicos afetam todos os trabalhadores, sindicalizados ou não.

A entidade que estamos construindo como uma alternativa para os trabalhadores deve ter a classe operária à frente, aglutinando todos os setores explorados e oprimidos em uma grande luta contra o capital.

Precisamos agora ampliar a base dessa unidade por todo o país, estreitando também as lutas da cidade e do campo. Desta forma, podemos unir as diferentes reivindicações dos setores e categorias oprimidos e explorados, imprimindo um caráter geral e nacional às lutas. Essa unidade não é só importante para as lutas imediatas e cotidianas, como também para as lutas estratégicas.

E pelo socialismo
Não existe a possibilidade de defendermos de modo conseqüente os interesses dos trabalhadores sem questionarmos os limites do capitalismo. O governo Lula é expressão do significado de governar nos marcos do capitalismo e em aliança com a burguesia. O abandono pela CUT da defesa dos interesses dos trabalhadores e sua transformação num braço do governo para ajudá-lo a aplicar suas políticas é também expressão da opção desta por desenvolver uma ação sindical nos marcos do capitalismo, sem questionar seus limites.

Os sindicatos e movimentos populares não podem se furtar desta luta, sob pena de transformarem-se em meros administradores de conflitos das relações de exploração capitalistas, ajudando assim a perpetuar o sistema ao invés de combatê-lo. A única forma de defender os direitos dos trabalhadores e a soberania do nosso país é derrotando o capitalismo e construindo o socialismo.

Nesse sentido, é fundamental também ampliar nosso trabalho sobre a classe operária, reforçando seu caráter classista. Uma forte presença da Conlutas nas fábricas, na classe operária industrial é decisiva para atingirmos esse objetivo.

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