Unir na luta as três esferas do funcionalismo contra a reforma é decisivo. Funcionários estaduais e municipais precisam estar plenamente conscientes sobre o conteúdo dessa reforma, que arranca seus direitos e desmonta o serviço públicoA construção de ações de rua unificadas são muito importantes. É fundamental que, especialmente os professores (as) estaduais e municipais que têm férias em julho – quando os federais já estarão em plena greve e a reforma estará em plena tramitação no Congresso, salvo se a convocação extraordinária for derrotada –, busquem construir desde agora uma forte campanha na base e junto à população contra a reforma e se somar aos federais em ações de rua, como no próximo dia 26.
Desde já é preciso também construir conscientemente um calendário que garanta a convergência de todos na luta em agosto.
Campanha junto à população

É preciso e possível disputar e ganhar a consciência da população contra a reforma e em apoio à greve dos servidores, apesar da campanha mentirosa do governo e da mídia.

Para isso, cada ativista, movimento e entidade combativa desse país precisa entrar em campanha contra a reforma, esclarecendo os trabalhadores e o povo sobre seu conteúdo.

As entidades dos funcionalismo devem ajudar a produzir materiais que possam ser trabalhados por todos os setores. Os sindicatos de trabalhadores do setor privado, entidades estudantis e demais movimentos populares devem usar seus boletins para explicar essa reforma e chamar o apoio à greve.

Em vários estados, estão sendo realizadas palestras em escolas, sindicatos, locais de trabalho ou moradia, que têm atraído centenas de pessoas. É preciso buscar formar comitês contra a reforma onde for possível.

Nesse sentido, São Paulo deu um bom exemplo. O Fórum em Defesa da Previdência Pública acabou de imprimir 1 milhão de jornais, que – à exemplo do que foi feito na campanha contra a ALCA em 2002 – será distribuído massivamente em fábricas, bancos, escolas, paróquias e locais de concentração popular.

Em São José dos Campos (SP), a campanha e esclarecimento do Sindicato dos Metalúrgicos junto à sua base já surtiu efeito.

Na General Motors, os trabalhadores em assembléia massiva se posicionaram contra a reforma e certamente serão um bastião de apoio à greve.

Post author Rogério Marzola,
diretor da Fasubra
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