Estaremos na vanguarda da construção de frentes eleitorais da esquerda socialista, formadas pelo PSTU, PSOL e PCB, que apresentem um programa classista e socialista nas próximas eleiçõesO PSTU vem defendendo de forma cotidiana a necessidade de unir a esquerda socialista no processo de lutas da classe trabalhadora e do conjunto dos explorados e oprimidos, contra os patrões e os governos de plantão. Um dos aspectos mais importantes desta discussão é a necessidade de unirmos, numa mesma entidade, a Conlutas, a Intersindical e os demais setores dos movimentos sociais que estão dispostos a construir uma nova ferramenta de luta, independente de governos e patrões.

Nosso partido entende que a intervenção da esquerda socialista nas eleições deve, antes de tudo, significar uma extensão de nossa política para as lutas que a classe trabalhadora brasileira vem protagonizando nos últimos anos. Por isso, a campanha da Frente de Esquerda deve estar a serviço destas lutas, apoiando cada uma delas e buscando unificar cada vez mais a nossa classe contra a burguesia e seus governos.

Oposição
Nós somos oposição de esquerda ao governo de Lula. Em primeiro lugar, porque ele simboliza uma coalizão no governo de lideranças que tiveram origem nos movimentos sociais, atuais dirigentes do PT e do PCdoB, com partidos da burguesia, tais como PMDB, PRB, PV, PSB, PDT, entre outros. Este governo de colaboração de classe só significou mais ataques aos direitos dos trabalhadores e maiores lucros para o grande capital.

Contra a farsa representada pela “frente popular” de Lula, do PT e de partidos da burguesia, a esquerda socialista deve defender, nas eleições municipais de 2008, uma verdadeira unidade da classe trabalhadora, que só pode ser expressa por uma frente eleitoral composta somente por partidos realmente identificados com os interesses da nossa classe e que apresente um programa anticapitalista e de transição para o socialismo, para cada grave problema que vivem os trabalhadores nas cidades em que apresentaremos nossos candidatos.

Uma frente eleitoral da esquerda socialista deve ser construída de forma democrática em cada cidade, envolvendo o maior número de ativistas na construção de seu programa e na escolha dos seus pré-candidatos. Respeitamos o direito dos nossos partidos de indicarem suas propostas e candidatos, mas a Frente de Esquerda só tem a ganhar se abrir seus debates políticos e de programa para o conjunto dos movimentos sociais que estão na oposição de esquerda ao governo Lula e de seus aliados nos estados e municípios.

O PSTU se colocará na vanguarda desta unidade nas eleições. Propondo construir frentes eleitorais da esquerda socialista, compostas pelo PSTU/PSOL/PCB, em torno de um programa classista e socialista, que parta da oposição de esquerda aos representantes da base de sustentação do governo Lula nos estados e municípios e que também seja oposição aos partidos da oposição de direita a este governo (PSDB e DEM). Que defenda a independência política da classe trabalhadora sem nenhuma coligação com partidos da burguesia e que seja construída de forma democrática, respeitando o peso social de cada organização envolvida.

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