Recentemente, o escandaloso lucro dos bancos esteve na primeira página dos principais jornais do país. Semanas depois, os bancários começaram uma forte greve. Mesmo assim, nenhum jornal foi capaz de fazer a óbvia comparação entre os 1.000% no crescimento dos lucros dos banqueiros e os ridículos 8,5% que eles ofereciam aos seus funcionários.
São episódios assim que demonstram o quanto a informação é manipulada e reforçam a importância de jornais da classe trabalhadora, como o Opinião Socialista.

Este número especial do Opinião, que completa duzentas edições, é motivo de grande orgulho para todos nós. Desde junho de 1996, após dois anos como Jornal do PSTU, o Opinião segue como um dos mais regulares jornais da esquerda, trazendo o ponto de vista de nossa classe diante dos mais variados temas, as posições do partido e suas campanhas, como contra a Alca.

As lutas dos trabalhadores e da juventude sempre foram destaque. Desde as greves contra FHC, como a dos petroleiros, até hoje, o jornal mantém intensa cobertura dos movimentos sociais e a denúncia das direções.

Em maio, o Opinião ganhou um novo projeto para enfrentar uma realidade diferente, a de ter nosso país governado por Lula. A vitória do PT abriu um intenso debate da esquerda, com dúvidas e uma grande expectativa em torno do governo. Nosso jornal, em um novo formato, com uma tiragem maior e em cores, tem enfrentado este debate. Seus leitores e os novos assinantes puderam encontrar textos que mostram como o governo Lula vem acelerando a entrega do país.

Com a reforma da Previdência, as reformas Sindical, Trabalhista, Universitária e nas negociações para a Alca, o governo vem dando razões de sobra para que a esperança desapareça. Por isso, decidimos dedicar esta edição especial a um tema que engloba vários aspectos dessa situação: o projeto de recolonização sonhado pelos imperialistas e a subserviência de governos como o de Lula, que prepara o país para a rapina da Alca.

Nesta batalha contra o governo Lula e o FMI, o Opinião é uma voz destoante. E se orgulha disso. Não fazemos coro com os que acham que é possível disputar este governo ou negociar suas reformas. Nos dedicamos a cada semana a construir um jornal cada vez melhor, capaz de polemizar com o governo e seus defensores. E, principalmente, continuar sendo a principal ferramenta da construção do partido revolucionário em nosso país.

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