Calcula-se que o número de imigrantes chegue a 175 milhões em todo o mundo. São fugitivos de guerras e catástrofes, mas, principalmente, da miséria e do desemprego mantidos por governos serviçais, como o de Lula, no Brasil.

Nos países centrais, além de salários menores e subempregos, os imigrantes deparam-se com uma perseguição cada vez maior dos governos. O discurso é recorrente, apresentando os trabalhadores estrangeiros como responsáveis pela redução de empregos, pelo aumento da violência, e até mesmo pela proliferação de doenças.

A essa discriminação, tanto na Europa quanto nos EUA, soma-se um claro conteúdo racial, impulsionado pelo pavor de ataques terroristas. O preconceito é incentivado pelos governos, que estabelecem um clima de guerra, e cada imigrante com uma sacola é suspeito de estar carregando uma bomba. Foi assim nos EUA, com perseguições aos árabes, e agora, em Londres, cidade que se aproveitou da presença estrangeira para sediar as Olimpíadas de 2012, e que institucionalizou o tiro ao alvo.

Os governantes aplicam medidas para deter a imigração e expulsar do país os que estão em situação irregular. Na Espanha, esses trabalhadores são caçados e colocados em centros de isolamento, semelhantes à base norte-americana de Guantánamo. Não têm direitos, como o de receber visitas ou contar com advogados, e chegam a ter horários estabelecidos para ir ao banheiro. Em prisões na fronteira do México com os EUA, as condições são ainda piores, agravadas pela violência e pelo calor insuportável.

Por isso tudo, em muitos países, os trabalhadores imigrantes têm se organizado em associações e grupos, para resistir às iniciativas xenófobas dos governos e aos ataques de bandos fascistas. Esses trabalhadores, que são responsáveis pela produção de boa parte da riqueza dos países (como cerca de 25% do PIB da Espanha), ocupam as ruas em manifestações contra a discriminação, por plenos direitos e salários iguais. Em todos esses atos, estão mostrando que a classe operária é a mesma, seja de dentro ou de fora do país.
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