A primeira providência que deveria ser tomada é o congelamento dos preços dos alimentos em todo o país, além da redução dos que mais aumentaram. Essa medida emergencial é fundamental para assegurar o acesso da população à comida. Uma outra necessidade imediata é o reajuste geral dos salários, para que os trabalhadores e trabalhadoras possam garantir a manutenção de suas famílias.

Mas isso não basta. As grandes empresas nacionais e multinacionais do agronegócio têm o poder de comandar a produção e a distribuição dos alimentos. Sem enfrentar o agronegócio, qualquer congelamento estaria fadado ao fracasso. Chávez tentou uma saída com o tabelamento dos preços, mas foi sabotado pelas grandes empresas. Acabou capitulando a elas e liberando os preços.

Por isto é necessário avançar para tirar o controle das grandes empresas multinacionais e nacionais sobre o campo no Brasil, passando-o para as mãos dos trabalhadores. Isso significa a expropriação das grandes empresas e o redirecionamento da produção para a satisfação das necessidades do povo. Esse plano inclui também uma reforma agrária com a distribuição de terras aos sem-terras, associada ao apoio tecnológico e financeiro aos pequenos produtores.

É preciso estatizar os bancos, para garantir financiamento para a produção de alimentos e não o que as grandes multinacionais desejam. Romper com o imperialismo, deixando de pagar as dívidas interna e externa, para poder investir nesse plano.
E para fazer tudo isso, é necessário um governo diferente de Lula, que serve ao agronegócio. É preciso um governo socialista dos trabalhadores.

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